Rogue Invitational 2025: veja como foi a competição
Aconteceu no último final do semana o provavelmente segundo evento mais esperado do mundo do CrossFit após o CrossFit Games. O Rogue Invitational foi realizado pela última vez em Estocolmo e trouxe uma verdadeira batalha entre os competidores. Com provas interessantes que de fato testaram várias frentes dos atletas e um verdadeiro sobe e desce no leaderboard geral.
Mas outro ponto interessante foi ver a concentração dos melhores atletas do ano competindo. Exceto pela ausência de alguns nomes que não aceitaram o convite da organização. O nome mais sentido com certeza foi de Tia Clair Toomey. No entanto, sua ausência trouxe uma briga mais interessante para o feminino. Para se ter uma ideia, o primeiro dia finalizou com Alex Gazan na 1ª colocação, enquanto no segundo dia tivemos Laura Horvath conseguindo fechar o dia no ponto mais alto. Aliás com diversas mudanças no top 10 da competição.
No masculino, sem a presença de um fenômeno como Tia, o jogo vem sendo mais equilibrado desde aposentadoria de Mat Fraser. Com isso, o primeiro dia finalizou com Justin Medeiros, que vem vivendo uma nova fase positiva na carreira e parece ter se reencontrado nas competições esse ano. Justin está muito mais competitivo do que nos demais anos, após seu bicampeonato no CrossFit Games e parece ter voltado a fazer as pazes com o pódio. Já no segundo dia, tivemos Patrick Vellner no ponto mais alto. Mas todos eles com poucas diferenças de pontos, o que poderia mudar a qualquer momento as colocações.
Os resultados no feminino
O Rogue Invitational 2026 terminou com uma demonstração impressionante de força, resistência e consistência por parte da húngara Laura Horvath, que conquistou o topo do pódio com 760 pontos. Horvath mostrou por que é uma das atletas mais completas do cenário internacional. Com vitórias em dois eventos (Evento 4 e 5) e pódios consistentes em quase todas as provas, ela acumulou 100 pontos em ambos os eventos de maior destaque — o Heavy Chipper e o Endurance Gauntlet. Sua regularidade foi o diferencial: mesmo nas provas mais técnicas, como o Evento 8 e o 9, ela manteve performances dentro do top 10. Com tempos expressivos, como 14:02.21 no Evento 4 e 36.34 rounds no Evento 5, Horvath fechou o torneio com uma margem confortável sobre suas principais concorrentes.
A americana Alex Gazan voltou com tudo e ficou com o segundo lugar, somando 675 pontos. Gazan demonstrou grande versatilidade, vencendo o Evento 2 com o tempo de 4:59.77, e garantindo presença constante no top 5 em vários eventos. Mesmo com quedas pontuais de desempenho — como no Evento 7 e 8 —, sua consistência nos eventos técnicos garantiu a vice-liderança geral. A britânica Lucy Campbell completou o pódio com 625 pontos, apenas cinco à frente de Emma Lawson, que terminou em quarto. Campbell se destacou especialmente nas provas de resistência e ginástica, vencendo o Evento 8 (6:15.39) e ficando em segundo no Evento 9 (4:30.57). Seu desempenho final demonstrou equilíbrio e superação após um início mais lento no campeonato.
Já Emma Lawson, com 620 pontos, foi uma das atletas mais técnicas do Rogue Invitational 2026, vencendo o Evento 7 e ficando entre as três melhores em dois outros eventos. Sua consistência nas provas longas foi notável, especialmente no Evento 7, em que registrou 27:20.98 — o melhor tempo da competição.

Os resultados no masculino
O canadense Jeffrey Adler foi de fato o grande campeão da categoria masculina. Com 715 pontos, Adler mostrou consistência e domínio técnico ao longo dos nove eventos, superando rivais de peso como Justin Medeiros e Roman Khrennikov. O campeão dos CrossFit Games 2023, voltou a brilhar no cenário internacional. Sua performance foi marcada pela regularidade e força nas provas mais exigentes. Adler venceu o Evento 6 com o tempo de 6:33.74, garantindo 100 pontos, e ficou entre os três melhores em quatro das nove provas. No Evento 7, registrou 25:31.69, conquistando 95 pontos e consolidando sua liderança. Mesmo com início discreto no Evento 1 (11ª colocação), Adler manteve a calma e foi crescendo ao longo da competição. Seus desempenhos constantes renderam-lhe o título com 715 pontos, destacando o equilíbrio entre força, resistência e controle técnico.
O bicampeão dos CrossFit Games, Justin Medeiros, encerrou o Rogue Invitational 2026 na segunda colocação com 685 pontos. Medeiros começou com tudo, vencendo o Evento 1 (tempo de 8:46) e assumindo a liderança inicial. Mesmo enfrentando dificuldades no Evento 4, onde terminou em 13º lugar, o americano se manteve competitivo, conquistando boas posições no Evento 3 (95 pts) e no Evento 7 (85 pts). Com sua característica resiliência, Medeiros mostrou que segue entre os atletas mais consistentes do mundo e que continua evoluindo seu condicionamento e estratégia.
O russo Roman Khrennikov finalizou em terceiro lugar com 665 pontos, provando mais uma vez sua potência e versatilidade. Ele foi o vencedor do Evento 9, com um tempo impressionante de 3:11.47, garantindo 100 pontos e encerrando o torneio com força máxima. Khrennikov também teve destaque no Evento 5 (95 pts) e no Evento 7 (90 pts), mas quedas nos primeiros eventos o impediram de brigar diretamente pelo título.
Gui Malheiros no Rogue Invitational
Esse ano de fato não foi um ano favorável ao nosso brasileiro Gui Malheiros. Único representante do país a conseguir competir no Rogue Invitational. Embora sempre tenha um momento especial na competição onde leva as provas de explosão, o desenho esse ano das provas do evento acabaram não favorecendo muito suas colocações. Embora esteja trabalhando bastante em sua preparação para as provas mais longa, esse é sem sombra de dúvidas a sua maior dificuldade. Com isso, não tivemos esse ano o famoso workout vencido por ele que amargou colocações bem abaixo do esperado, ficando apenas três provas dentro do top 10 das colocações.
As baixas no Rogue Invitational 2025
Infelizmente a competição ainda trouxe baixas importantes ainda no primeiro dia de competição com Emma Tall se lesionando no evento 3. Aliás, antes da prova na realidade, Emma lesionou o ombro enquanto fazia o aquecimento para poder competir, com isso, na manhã de sábado ela desistiu de entrar na arena. Ao que tudo indicou em sua postagem, ela não deverá voltar a competir na final do World Fitness Project por conta dessa nova lesão.
Já Samuel Kwat que vinha de um retorno de lesão nas costas, começou muito bem a competição. Contudo, acabou rompendo o Tendão de Aquiles no evento 5, a segundo do segundo dia de competição. Aliás uma das provas mais complexas da competição. Entretanto, com rompimento do tendão, provavelmente, Samuel estará fora da temporada 2026, como aconteceu com Gabriela Migala e Henrik Haapalainen. Migala até o momento não retornou as competições e com certeza só o fará ano que vem, já Henrik conseguiu retornar as competições nessa edição do Rogue Invitational.
