Dave Castro explica porque o Open de três semanas
Dave Castro falou em seu último Week in Review, postado toda semana em seu canal no YouTube, sobre a diminuição das semanas do Open. Para quem não se lembra, até o ano de 2020 o Open era realizado sempre em cinco semanas. Dessa maneira, os inscrito tinham pela frente, pelo menos, cinco workouts a serem feitos. Porém, desde 2021 o Open acabou ficando mais enxuto e sendo realizado em apenas três semanas, diminuindo com força o número das provas.
Dave falou que o motivo foi o levantamento feito pela equipe da CrossFit. Nele foi apontado que a partir da terceira semana, o número de resultados entregues caíram vertiginosamente. Ou seja, depois da terceira semana, era comum que os inscritos desanimassem e parassem de realizar as provas. “Nos últimos anos, quando eram cinco semanas, um dos motivos pelos quais optamos pelas três semanas foi que analisamos os dados do engajamento e, obviamente, a primeira semana tem o maior número de envios. Toda semana as inscrições diminuem ou diminuem um pouco e na (semana) quatro e cinco a quantidade de inscrições realmente diminui. Então, isso por si só apoia esta noção de provavelmente um Open de três semanas”, disse Dave em seu Week in Review.
Porém a decisão ainda divide opiniões, muitas pessoas que são à favor de um Open maior alegam que com apenas três semanas fica difícil analisar de fato todas as vertentes que abrangem o CrossFit. Após as declarações de Dave, a equipe do site de notícias americano, The Barbell Spin, realizou um levantamento levando em consideração os cinco anos de Open de cinco semanas e os últimos três anos de Open de três semanas. Dessa forma, eles chegaram a uma baixa de 7% de resultados a cada semana aproximadamente nos Opens de cinco semanas.
Primeiro workout do Open
Outro apontamento interessante levantado pela equipe americana de notícias é referente a primeira prova do Open. Segundo eles, ela é a grande “culpada” pela continuidade ou não dos inscritos. Tudo isso por normalmente ele ser o workout que implementa novos movimentos. Eles dão como exemplo o Open 21.1 onde fomos apresentados ao Wall Walk e onde o elemento RX do double under foi colocado. Para muitos o pulo duplo de corda é um movimento de nível muito alto, sendo assim, isso pode ser levado em consideração para a desistência de muitas pessoas.
Porém, não necessariamente é uma regra, em alguns anos como o Open desse ano, tivemos a inclusão do Shuttles Runs na segunda semana. Mas de fato tivemos o Open 23.1 sendo uma das provas mais pesadas de todas. Com isso, a ideia de que o primeiro workout influência a continuidade dos inscritos pode ter mais validade do que propriamente a longevidade das semanas de provas. Outro levantamento interessante feito pelo site americano mostra que a fala de Dave pode não se sustentar uma vez que nos Opens de cinco semanas o último workout gira em torno de 80% de resultados entregues. Enquanto nos de três semanas esse número chega aproximadamente de 75%. Porém, esse ano tivemos um ponto positivo onde a segunda semana e a última tiveram praticamente o mesmo número de entrega de resultados. Mostrando assim que alguma coisa na estrutura dos workouts conseguiu segurar os inscritos.
Há também o fato de termos na sequencia cinco semanas de quartas de final. Com isso, um Open de três semanas pode ser mais positivo para o tempo de recuperação do corpo. Afinal de contas, cinco semanas de Open, mais cinco semanas de quartas de final, se transformam em uma verdadeira maratona. Isso se ainda destacarmos que os que passam precisam enfrentar uma pesada semifinal. Nesse cenário completo, termos um Open com menos semanas pode soar mais razoável. Muito embora, para quem se inscreve atrás de se testar e por diversão, que normalmente não passam para as próximas fases, são duas semanas a menos de testes.