O poder dos padrões de movimento
O debate sobre o que realmente faz um programa de condicionamento físico ser eficaz, seguro e eficiente é constante. No entanto, como escreve Stéphane Rochet, CF-L3, “Nossos padrões não são regras arbitrárias ou tradições ultrapassadas. Eles são a base do nosso programa”. Segundo Rochet, os três pilares que sustentam qualquer treinamento de qualidade são segurança, eficácia e eficiência. “Segurança: o risco de lesões associado ao programa. Eficácia: os resultados que um programa proporciona à população que o utiliza. Eficiência: a rapidez com que os resultados são alcançados”, descreve o autor.
Ele alerta que quando esses fatores estão desequilibrados, um programa se torna inviável. “Se um programa é 100% seguro… ele também é 100% ineficaz”, explica Rochet. Enquanto em um treino que dá resultados rápidos mas afasta a maioria dos praticantes por lesão também não se sustenta. Então, o segredo está no equilíbrio entre os três. Para que não haja dúvidas sobre o que significa “manter o padrão”, Rochet lista princípios que sustentam a metodologia: “Aprenda, pratique, domine e treine com movimentos funcionais. Incorpore variedade em todos os parâmetros do treino. Fique desconfortável regularmente. Coma de uma forma que contribua para nossos esforços na academia”.
Movimentos funcionais
Na visão do autor, os resultados expressivos do CrossFit são consequência da potência dos padrões de movimento utilizados. “Movimentos como agachamentos, desenvolvimentos, levantamento terra, afundos, levantamentos olímpicos, flexões, barras fixas, saltos, sprints e carregamentos são a base dos nossos treinos”, afirma Rochet.
Além disso, ele ressalta que detalhes técnicos fazem toda a diferença. “Quando nosso padrão é que um agachamento sempre fique abaixo da paralela… esses centímetros finais não são uma questão de perfeccionismo; eles são sobre ativar a cadeia posterior, desenvolver a mobilidade essencial e desenvolver toda a amplitude de movimento que seu corpo precisa para os desafios do mundo real”, explica.
Variedade e intensidade dos padrões do movimento
Outro ponto destacado é a variância. “Não variamos apenas alguns aspectos em nossos treinos; variamos tudo. Cargas, repetições, séries, rounds, duração e distância”, escreve Rochet. Esse fator não apenas melhora o condicionamento físico geral, mas também ajuda a prevenir lesões por sobrecarga.
Quanto à intensidade, o autor afirma: “Para obter os resultados que buscamos, precisamos nos sentir desconfortáveis regularmente”. Esse desconforto, no entanto, não é sinônimo de se destruir em cada treino, mas de trabalhar no limite entre esforço e manutenção da técnica.

Nutrição: combustível para o desempenho
Nenhum padrão se sustenta sem uma boa base alimentar. “Precisamos comer de uma forma que contribua para nossos esforços na academia e para nossa saúde em geral”, escreve Rochet, lembrando que escolhas pobres em nutrientes comprometem diretamente os resultados.
Conclusão dos padrões de movimento
O texto de Stéphane Rochet deixa claro que o CrossFit não busca atalhos ou fórmulas mágicas. “É isso. Esses são os nossos padrões. Nós os implementamos dia após dia, por toda a vida. Simples, mas não fácil”, resume o autor. Mais do que uma filosofia de treino, trata-se de um compromisso de longo prazo com a saúde, a performance e a vida fora da academia. Afinal, como conclui Rochet: “É por isso que não vacilamos em manter o padrão”.
