May Soares e o desafio de levar o CrossFit ao Iraque

Enfrentar desafios faz parte da vida de qualquer pessoa que comece a se aventurar no CrossFit. Seja como um atleta, um professor ou simplesmente praticando a modalidade, a palavra desafio sempre aparece com força. Foi exatamente isso que aconteceu com Mayra Soares. Uma das responsáveis, junto com toda a equipe de produção, pelo sucesso das duas edições da Copa Sur, May assumiu o maior desafio de sua vida de levar o CrossFit até o Iraque.

“Ninguém nasce com o sonho de ir morar no Iraque. Mas foi uma oportunidade que surgiu, eu fui indicada por um coach amigo meu que mora no Brasil e que conhece o dono desse box que estou indo. Aliás é o único box de CrossFit que existe na região”, contou May para nossa equipe na época em que ainda estava no Brasil nos dias de Copa Sur. Aliás, foram os últimos dias dela no país antes de se mudar para a cidade de Erbil.

De início May estranhou a abordagem feita pelo dono do box: “ele veio falar comigo pelo Instagram no direct. Lembro que eu fui até grossa com ele, não sabia se era verdade ou algum golpe. Mas então esse amigo em comum veio e falou que era real e que ele me indicou pois estavam precisando de uma pessoa lá”. Com isso, ela aceitou o desafio e entrou para ser a segunda coach da Get Fit 22 CrossFit.

Embora já existisse, o local não trabalhava com o CrossFit: “o box foi inaugurado em fevereiro desse ano. Mas já existia um outro Box que tinha outras atividades alem do CrossFit. Agora estou indo para lá para levar o conhecimento que tenho e ajudar a difundir ainda mais a metodologia no novo box”. Erbil é a capital da região autônoma do Curdistão iraquiano com uma população estimada em mais de 2 milhões de habitantes.

May Soares, a primeira coach mulher de Erbil

Porém, imaginar uma mulher entrando em um box para ministrar aulas em um país onde o machismo impera, acabou sendo um dos desafios que chamou a atenção de May. “É importante poder introduzir a metodologia como foi feito a anos atrás no Brasil. Além disso eu serei a primeira coach mulher a dar aula lá que é um local onde as mulheres descobriram a atividade física a pouco menos de 10 anos. Dessa forma, poder mostrar que elas poderão usar isso de exemplo para mudar a vida vai ser incrível”.

Embora seja uma pessoa altamente ligada ao CrossFit, a ideia de democratizar o esporte em geral pesou e muito na decisão de May. “Sou muito envolvida com a metodologia, mas o que me deixa muito empolgada é democratizar o esporte em si. Acima da marca é o fato de levar a oportunidade da atividade para outras pessoas. Fisicamente dentro do box e o aprendizado para a vida delas no dia a dia, como eu vejo que devem ser todos os esportes”.

Nossa personagem contou que passou a acompanhar o dia a dia do box ainda no Brasil para poder observar como eram as aulas. “Vendo a pratica atual deles eu sei que posso contribuir muito para aproximar dos padrões que conhecemos de CrossFit. Isso me empolga com a possibilidade de ter uma contribuição grande. vai ser um divisor de águas como coach e um baita desafio como pessoa”. Para poder ministrar as aulas, May precisa utilizar sua habilidade em inglês, umas das línguas faladas na cidade.

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