O jeito certo de se fazer uma avaliação física
Muitos acham que avaliação física é só fazer a avaliação antropométrica. Mas isso vai muito além. Afinal temos diversas avaliações físicas que vão ajudar a nortear o nosso desempenho e cada uma delas vai somar para que você tenha um melhor mais segurança e ganho no treinamento. Mas vamos nos ater a avaliação postural e funcional.
Essa avaliação envolve tanto uma anamnese quanto um exame funcional. Na anamnese, é importante identificar as atividades, metas, dores, lesões, desconfortos e preocupações atuais do praticante ou atleta. Com isso, o exame funcional tem dois propósitos: identificar movimentos ou tecidos dolorosos e padrões de movimentos inadequados que não causam dor. Reconhecer esses padrões que podem levar à sobrecarga e lesão tecidual é um componente chave para o desenvolvimento de uma estratégia corretiva bem-sucedida.
Contudo, não podemos começar um bom trabalho sem fazer uma avaliação adequada. Aliás, não é necessário seguir o maior protocolo de todos. Mas precisamos fazê-la para definir o caminho a seguir e quais abordagens utilizar. Como podemos fazer um trabalho efetivo se não sabemos o que realmente precisa ser trabalhado?
Avaliando e tratando o foco
Vamos pensar em um praticante que vai à musculação em busca de fortalecimento nos ombros porque sente muitas dores. Mas será que o que ele realmente precisa é fortalecer os ombros? Com uma avaliação básica, como a análise de uma foto que o aluno pode enviar e algumas perguntas sobre o seu dia a dia, podemos notar padrões anatômicos que nos dirão com grande precisão o que precisa ser feito para alcançar o resultado esperado.
Um exemplo rápido: Esse aluno nos envia uma foto da sua vista lateral, mas vamos olhar só para a parte superior do tronco, rapidamente ao analisar essa foto, identificamos que ele possui uma síndrome cruzada superior. Isso nos diz que seus flexores cervicais profundos, trapézio inferior e serrátil anterior estão fracos, enquanto peitorais, trapézio superior e elevador da escápula estão tensos.
Vá além do óbvio
Se o aluno procurou fortalecimento do ombro, pode ser fácil prescrever abduções, remadas altas e desenvolvimento. No entanto, nesse caso, esses exercícios não seriam os melhores para ele. Pois fortaleceriam os músculos que já estão fortes e piorariam o desvio postural. A melhor abordagem seria alongar os músculos tensos e fortalecer o grupamento muscular que está fraco.
Agora é possível entender a importância de realizar uma avaliação postural e funcional logo no início do trabalho. Mesmo um exemplo simples como uma foto de lado da cintura para cima pode nos fornecer informações valiosas.
Vou deixar aqui alguns testes que eu faria para praticantes de CrossFit.
Teste de alinhamento postural: Vista lateral, posterior e anterior
Anjo na parede
Agachamento com mão acima da cabeça (OHS)
Equilibrio unipodal olhos abertos e fechados
Agachamento unipodal
Ponte de glúteo unipodal
Igô Mannise
Igô é formado em educação física pela universidade Celso Lisboa.
Pós graduado em levantamento de peso olímpico pela Unisaude
CF- L1
Curso de Imersão de Treinamento para Mulheres
Curso de Imersão em Emagrecimento
Cutting-Bulking do básico ao avançado
Curso Quebrando paradigmas: Como escolher estrategicamente os métodos de treino.