Atletas poderão fazer a Semifinal de outros países
Uma das grandes reclamações dos atletas que tentam as vagas para o Nobull CrossFit Games é a necessidade de deslocamento para participar da semifinal. Afinal, muitos não residem em seus países de origem e sempre precisaram retornar ao seu país para poder participar da Semifinal do Games de sua região. Uma vez que, o credenciamento era feito de acordo com a Terra Natal de cada um. Fazendo com que os atletas precisassem bancar sua volta para casa para competir e depois voltar para sua residência atual.
No Brasil nossos três representantes elites no temporada do Games 2022 não são residentes do Brasil, Gui Malheiros e Victoria Campos moram nos Estados Unidos, enquanto Júlia Kato reside nos Emirados Árabes. Os três precisaram voltar ao país para participar da Copa Sur. Porém, essa volta é oneroso ao bolso dos atletas. Embora não tenha acontecido com os brasileiros, muitos atletas acabam não voltando do seus países de origem por conta de problemas com o visto. Dessa forma, perdendo a oportunidade de conseguir ir ao maior evento de CrossFit da Terra.
Contudo, em entrevista ao CrossFit Games Podcast, Adrian Bozman, Diretor de Competição dos CrossFit Games trouxe uma novidade que será implementada no Livro de Regras. Segundo ele, o livro, que sairá em meados de novembro, terá novas regras que podem permitir que os atletas solicitem uma isenção para competir no país em que residem. Porém, para isso, o atleta terá que atingir alguns critérios como o tempo de residência e provar as dificuldades em voltar para o país que reside.
Será válido aos brasileiros?
O CrossFit exigirá que todos os atletas que desejam receber uma isenção se inscrevam antes do início da temporada de 2023. A data do pedido de isenção será divulgada em breve, juntamente com os documentos necessários para o pedido. Porém, alguns pontos precisão ser levados em consideração quando falamos do Brasil. Não ficou claro se ao competir em outro país os brasileiros estarão condicionados as vagas daquela semifinal ou se terão suas pontuações passadas para o país de origem.
Caso isso não aconteça, Gui e Victoria, por exemplo, teriam que lutar por uma vaga nos eventos americanos, o que dificultaria muito conseguir uma vaga. Mesmo os eventos possuindo o dobro de vagas que a América do Sul, a qualidade dos competidores ainda é muito superior ao que temos no nosso país. Sendo assim, no caso de Gui, pensar em voltar para o Brasil para buscar a vaga para o Games pode ser uma estratégia interessante. Visto que esse ano ele conseguiu se classificar com uma larga diferença dos demais atletas. Tranquilidade essa que dificilmente ele terá se competir nos eventos americanos.