Dave Castro fala sobre as Quartas de Final

Uma das grandes polêmicas desse ano, com toda a certeza foram os pontos retirados dos times e atletas individuais durante as Quartas de Final. As pontuações retiradas mexerem, e muito, no leaderboard do mundo inteiro. Entretanto, tivemos atletas que foram penalizados, mas que continuaram credenciados para suas semifinais, como Tia Clair Toomey Brooke Wells, Patrick Vellner, Kalyan Souza, entre outros. Porém, muitos acabaram tendo que deixar a competição devida a tantas penalidades. Entre os nomes temos Sydney Wells, Paige Powers, Nick Mathew, Vinicius Stolben e Amanda Fusuma, que conseguiu se credenciar pela mudança Dayana Vicentelli do individual para competir por equipe .

Além da retirada de pontos, também tivemos outras penalizações. Nos times, muitos acabaram desclassificados pelo fato de atletas terem realizado provas em boxes diferentes. Para o individual, outro problema que muitos atletas enfrentaram foram os erros no upload dos vídeos, como o caso de Lari Cunha. Muitas pessoas ficaram intrigadas e indignadas com o que aconteceu, muitos atletas utilizaram suas redes sociais para mostrar esse desconforto de resultados.

“Nos últimos dias tenho estado em negação, mas acho que é hora de aceitar que esta é a minha realidade. Como muitos outros, recebi uma penalidade substancial no treino 1 das quartas de final como resultado do padrão step-up. Passei do 11º lugar no treino para o 796º, colocando-me no geral bem fora de uma vaga de qualificação para as semifinais. Não só a pena foi injustificadamente severa, como o meu recurso não foi analisado e respondido com uma resposta automática genérica. Acho que o que mais dói é que isso parece injusto – como se minha temporada tivesse sido tirada de mim. Apenas as pontuações mais altas foram analisadas, então quem pode dizer quantas pontuações entre uma vaga de qualificação e 796 tiveram seus vídeos visualizados”, expressou Sydney após o resultado.

Dave Castro fala sobre as penalidades das Quartas de Final

Após a entrega de resultados e as polêmicas, o Gerente Geral de Esportes da CrossFit, Dave Castro deu seu parecer sobre o caso durante o seu Week in Review na segunda-feira passada (29/04). Dave sempre faz nas segundas-feiras uma live onde comenta os acontecimentos da última semana e responde perguntas dos internautas. Logo de primeira, o atleta americano Will Bennett, que sofreu duras penalidades e ficou abaixo da linha de corte, levantou a questão das pontuações. Como de praxe, Castro não fugiu da pergunta e deu seu parecer sobre o caso.

Inicialmente ele disse que a equipe de judges do CrossFit Games fez “cerca de 1.000 avaliações” no treino 1. Com um levantamento de cerca de 180 penalidades leves e cerca de 160 penalidades foram penalidades graves. Ele fez questão de dizer que não gosta de ver a temporada dos atletas sendo encurtadas. Porém, ele salienta que regras são regras, por conta disso, as penalidades precisaram acontecer. Mas o gerente geral ainda pontua que está olhando o copo cheio dos 35% de atletas penalizados. “65% não tiveram nenhuma penalidade, não tiveram nenhum problema. Então um total de cerca de 85% teve uma pena menor ou nenhuma pena”, disse Castro.

Castro ainda pontua: “sinto muito pelos atletas que não estão avançando ou tiveram penalidade. Mas no final das contas, tínhamos essas regras. Implementamos esse sistema e, novamente, uma grande quantidade de atletas conseguiu, por esse sistema, por essas regras e pelos requisitos, fazer isso sem nenhum problema”.

Mea Culpa

Embora tenha aprovado os acontecimentos das Quartas de Final, Dave Castro também levantou alguns pontos a serem melhorados para os próximos dentro das medidas online. Aliás, ele pontuou que dificilmente não haverão etapas online, porém, que mesmo assim, será importante que a CrossFit modifique algumas maneiras para isso. Entre eles a modificação dos ângulos exigidos na filmagem para que possam esclarecer melhor os movimentos e deixar mais claro quanto a sua validação.

Assim como fornecer melhores informações aos judges para que eles possam se posicionar para poder analisar o movimento dos atletas de maneira mais eficaz. “Talvez o processo de revisão de vídeo não esteja funcionando como está agora. Talvez estejamos nos retirando completamente do processo de revisão de vídeo e capacitando os juízes e equipando-os cada vez mais para realmente tomar a decisão onde nós [CrossFit] não estamos supervisionando e anulando”, pontuou Castro.

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