Gui Malheiros quebra o silêncio sobre o Games

“O problema não é o que foi feito, mas como foi feito”. Essa foi a frase repetida por Gui Malheiros por diversas vezes em sua live no Instagram na noite de ontem (13). O atleta brasileiro que conseguiu se credenciar para o CrossFit Games 2024, faz parte do grupo de atletas que decidiu abandonar a competição após a morte de Lazar Dukic. Porém, Gui resolveu quebrar o silêncio e explicar os motivos que o fizeram abandonar a competição. Na realidade, segundo o que o próprio brasileiro pontuou em sua live, a posição da CrossFit em relação ao caso foi o que de fato fez com que o brasileiro desistisse da competição.

“Eles chamaram os atletas para darem suas opiniões, mas na realidade, eles já tinham o que aconteceria de fato. Foi uma tentativa de dividir uma decisão já escolhida pela empresa”. Gui ainda explicou que após a primeira prova da competição, a “Run Swim” os atletas ficaram sem informações oficiais do caso. Só após um longo período, todos foram convocados para a reunião entre atletas, coaches e a produção do evento. Segundo Gui por conta do alto número de pessoas, foram decididos então a escolha de um grupo menor de “líderes” para poder responder e tomar as decisões sobre a continuidade ou não do evento. O brasileiro explicou que os atletas deram diferentes ideias, entre elas, trazer workouts para serem feitos com a comunidade, deixando de lado o leaderboard e premiações.

Mas a ideia foi ignorada pela produção, que manteve a ideia inicial de manter a competição na íntegra. Aliás, juntamente com o corte, como ocorreu no sábado. Até mesmo a ideia de um “day off” na sexta-feira foi ignorado. Aliás, Gui contou que a ideia da CrossFit seria de fato começar na manhã de sexta-feira a competição.

Homenagem fraca a Lazar Dukic

Outro apontamento feito pelo brasileiro foi referente a homenagem feita a Lazar. O CrossFit Games explicou que haveria de fato uma homenagem antes do começo das provas na sexta-feira. Porém, foi realizado apenas um minuto de silêncio e nada além, o que deixou boa parte dos atletas indignados. O resultado disso foi o que vimos de diversos atletas prestando a sua homenagem de 1 minuto durante o workout.

Outro ponto que assustou o brasileiro e fez com que ele realmente desistisse da competição foi o que aconteceu após a homenagem. “A gente já foi dali mesmo para o aquecimento e na sequência prova, como se nada tivesse acontecido. O clima no aquecimento estava péssimo todo mundo triste e na arena a música já estava alta, o clima de celebração e tudo mais”. Gui ainda explicou que tentou fazer as provas. Mas que sentiu um enorme desconforto na prova “Firestorm” e que após ela decidiu parar de competir. O brasileiro mostrou sua indignação pela maneira como tudo foi conduzido e mostrou sobriedade ao dizer que entendia que a empresa necessitava honrar seu compromissos financeiros. Mas que da maneira como tudo foi levado, demonstrou uma falta de respeito e comprometimento com o bem estar dos atletas.

Além disso ele levantou pontos importantes como a falta de supervisão na prova que tirou a vida de Lazar. Assim como a falta de testes na região, uma vez que os atletas correram com o sol nascendo a sua frente, o que dificultou a visão de todos. Além da falta de medição da temperatura da água, que estava extremamente quente e em temperatura onde normalmente acontecem os cancelamentos de prova em competições de Triatlon. Por fim, o fato de primeiro os atletas correrem para depois nadar.

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