Sara Sigmundsdóttir revela doença autoimune
“É hora de ser totalmente honesta sobre o que tem acontecido nos últimos 3 anos”. É exatamente assim que começa o post de da islandesa Sara Sigmundsdóttir. Um dos grandes nomes do nosso esporte anunciou sua saída da temporada 2024 do CrossFit Games. Porém, o motivo de sua saída é o que sem dúvida chamou muito a atenção e é também um forte alerta para todos, tanto atletas como praticantes.
Sara sofreu um corte na canela em 2020, após errar uma repetição de box jump. Porém, a atleta não deu grande importância para a lesão e continuou a treinar e seguir a vida normalmente. Afinal de contas, o corte foi fechado com o tempo e ela acreditou que aquilo teria sido apenas um momento da dura rotina de um atleta de alto rendimento. Porém, desde então a islandesa passou a conviver com sintomas de cansaço crônico, tonturas, cólicas, inchaço nas articulações e muitas outras coisas. “Por muito tempo eu considerei isso a resposta do meu corpo ao overtraining”, publicou. Contudo, mesmo dando repouso para o corpo, ela continuou a sentir os sintomas e decidiu procurar profissionais da saúde para poder receber o auxilio deles nesse momento.
Então, foi nesse momento que Sara descobriu que o simples corte não tratado em 2020 foi o culpado para que ela contraísse uma doença autoimune, a “Artrite Ativa”. O fato de não tratar sua lesão abriu espaço para que uma bactéria entrasse e ficasse tempo suficiente para sobrecarregar o sistema imunológico de Sara e se transformar na doença. Contudo, a resposta definitiva para a doença veio a apenas 12 meses.
Artrite Ativa de Sara tem tratamento experimental
“A boa notícia é que isso é 100% tratável. A má notícia é que encontrar o medicamento certo e permitir que o corpo reaja ao tratamento é um processo de tentativa e erro e pode levar muito tempo para acertar. Atualmente, estou há 3 meses no teste do terceiro tipo de medicamento. Estava funcionando até eu ficar doente depois das quartas de final. O curto intervalo entre as quartas e a Semi fez com que eu não permitisse que meu corpo se curasse adequadamente antes de testar os treinos, não fiz nenhum favor a mim mesmo ao fazer isso, mas sou eu, sempre tenho que aprender o jeito difícil”.
Entretanto, após ter um diagnóstico negativo após as Quartas de Final, os médicos recomendaram que Sara deixasse a competição esse ano. Para assim dar tempo ao corpo para que possa voltar a responder positivamente o tratamento. “Portanto, estou triste em anunciar que este é o fim da temporada dos CrossFit Games para mim este ano”. Aliás, Sara salientou ainda que o momento agora “é fazer com que o medicamento tenha efeito total para que eu possa manter minha saúde permanentemente sob controle e voltar ao meu elemento nos treinos e nas competições”.