Resultados e dicas na apresentação do TCB 4 All
Workouts 100% voltados para o Cardio, para o LPO, para a Ginástica e um usando todas as vertentes. Assim estão as provas do TCB 4 All 2024. Foram apresentados na tarde de ontem (18) as quatro provas que irão decidir quais competidores avançarão direto para a grande final do TCB. Quais irão para as quatro seletivas desse ano e quais atletas terão que esperar até 2025 para tentar de novo uma vaga. Assim sendo, como dissemos anteriormente. As provas foram apresentadas pela organização do evento em uma transmissão ao vivo realizada pelo TCB em parceria com a equipe da Criativa Wip. O local escolhido foi a PAM CrossFit em Campinas, SP.
No entanto, a apresentação contou com uma verdadeira disputa com grandes nomes do CrossFit Nacional e trouxe muito mais que uma apresentação, mas sim um “Face to Face” interessante entre os atletas. Aliás, após a disputa, que foi levada a sério por todos os atletas, todos deram seus pareceres e dicas extremamente importantes para quem vai fazer a disputa e gravar seus workouts. Com isso, trouxemos os resultados e os pontos mais importantes ditos por quem já experimentou as provas da edição 4 All do TCB. Acompanhe:
TCB 4 All 24.1
A primeira prova que abre a fase de qualificação do TCB 2024 teve a disputa entre dois dos maiores nomes da atualidade do CrossFit Nacional. Com isso, Pedro Martins e Henrique Moreira foram os dois nomes da primeira disputa. Com um workout verdadeiramente pesado para o cardio dos atletas, tivemos uma disputa acirrada entre o 2º e 3º colocado do ano passado.
Dessa forma, tivemos uma primeira prova em duas etapas onde Pedro Martins levou a melhor na parte de burpees, enquanto Henrique virou o jogo na última fase e conseguiu ter uma diferença interessante para Pedro. Com isso, Henrique acabou sendo o vencedor da prova.
“Dentro da arena, as vezes precisamos adaptar um pace ou outro para poder se manter na prova. Foi isso que eu pensei. Como tinha burpee e eu sei que o Pedrão é muito bom no burpee. Mas eu consigo me esforçar no burpee. Então de começo pensei em puxar no começo e depois tentar controlar. Não deu, porque mesmo tomando No Rep, o Pedro conseguiu buscar. Então eu controlei no meu pace e não afobei, no final tentei pegar ele e quase conseguiu”, pontuou Henrique em relação a primeira parte da prova.
“Na realidade essa prova você precisa saber muito bem como dozar. Eu sabia que a primeira parte era boa para mim e sabia que a segunda parte seria mais difícil por estar mais cansado. Então para quem vai fazer a prova, precisa principalmente manter o foco. Não evitar a dor porque senão irá mal, então é aguentar a dor e ter bastante atenção para ter menos erros possíveis”, explicou Pedro na transmissão. No final, Pedro realizou um total de 15 burpees e Henrique conseguiu 17 snatchs completos. Porém, ambos afirmaram que irão repetir o workout, ou seja, o tempo deles irão ficar acima do que está.
TCB 4 All 24.2
A segunda disputa foi entre os cariocas Pablo Chalfun e Igor Lino. Os atletas tiveram uma verdadeira maratona de prova de força com RM de Snatch (1 rep), Bench press (4 reps) e Hang Clean (8 reps). Entretanto, a pontuação da prova consiste em duas pontuações, a maior carga levantada e a menor carga levantada, independente do movimento. Com isso, independente do movimento, o que valerá é de fato o peso levantado.
A escolha para os atletas que para apresentar ficou interessante, uma vez que ambos atletas são de fato muito forte. Começando pelo Snatch Igor conseguiu levantar 20 kgs à mais no Snatch, colocando 136 kg.
Porém, Chalfun conseguiu empatar na somatória do Bench Press ao empurrar 136 kg. Entretanto, Chalfun levou a melhor na disputa ao conseguir ter um peso maior na comparação das cargas menores ao igualar 116 kg de Snatch e Clean, enquanto Igor teve sua menor carga no bench press com 112 kg.
“Percebi que poderia aumentar a carga do clean. Porém, ele seria maior do que o bench press, porém, menor que a minha carga de snatch, então não valeria à pena eu forçar para aumentar tanto o peso”, explicou Igor em sua estratégia para o workout.
Já o primeiro brasileiro a ir para elite do CrossFit Games, fez questão de deixar três dicas para quem irá fazer as provas. “A primeira é leia todas as regras. Leia tudo, você e seu coach para não ser desclassificado por besteira, reveja o seu vídeo. A segunda, não pense que esse é o ‘Qualifier da sua vida’, leve como um treino dentro do box, assim você evita fazer muitas loucuras e acabar fazendo um performance abaixo da sua por conta da pressão. A terceira é faça o seu score sem pensar em repetir. Se por um acaso você precisar, ai sim repeti. São quatro wods com curto tempo para entrega e que fadigam muito”.
TCB 4 All 24.3
A terceira prova do TCB 4 All teve na apresentação duas das principais representantes do time More Reps do Vittoria CrossFit, Nathália Mencari e Marcella Alonso. A prova que consiste em uma verdadeira maratona de movimentos ginásticos teve um começo parecido.
Porém, Marcella conseguiu disparar na frente de Mencari no HSPU. Enquanto Marcella conseguiu explodir no movimento, Mencari sofreu e demorou muito tempo para finalizar a etapa da primeira empurrada de cabeça para baixo. Com isso, a distância entre as duas ficou cada vez maior. Entretanto, mesmo conseguindo ir mais rápido, ela também não conseguiu finalizar o round do workout.
“É um prova que puxa muito o ombro e engana um pouco. Eu estava incialmente me sentindo muito bem fazendo os pull ups, porque é um movimento que eu faço bem. Mas percebi que na realidade tem que quebrar bastante.
São muitas repetições e fadiga muito, isso fez com que eu demorasse muito para pegar a postura certa no tapete para fazer o HSPU, que é um movimento simples e eu demorei muito para sair”, explicou Mencari, que afirmou que irá repetir a prova.
Já Marcella pontuou que também fazer quebras no HSPU é extremamente necessário para poder conseguir fazer os demais movimentos. “Olhando agora eu faria séries muito mais curtas do HSPU porque reparei que no final eu já passei a sentir muita fadiga local e entrar para a parte de strict com esse nível de fadiga, cobrou bastante”.
TCB 4 All 24.4
A última prova é de fato um mix interessante entre o Cardio, LPO e Ginástico. Dividido em duas partes o workout vira um desafio por dois motivos, conseguir concluir a primeira etapa da prova e atingir um nível máximo de Ring Muscle Up na segunda parte do workout.
Porém, para quem acompanhou a disputa entre Thainã Beraldo e João Kami Mura viu que finalizar a primeira parte não é algo muito fácil. Afinal de contas, ambos acabaram a primeira parte da prova bem cansados e precisaram esperar quase até o final do time cap do 24.4 para subir nas argolas para tentar o máximo de repetições unbroken.
Porém, Kami Mura levou a primeira parte da prova finalizando com uma folga interessante de tempo para Thainã. Porém o mesmo não aconteceu na segunda parte onde Thainã conseguiu completar 17 repetições unbroken do movimento, ficando nove repetições à frente de Kami Mura.
“Foi diferente do que eu imaginei. Por eu e o Thainã sermos mais baixos a expectativa é que a gente quebre mais no wall ball para poder trabalhar, não o toes to bar, mas o devil press que é o mandante difícil da prova. Mas na empolgação a gente pegou e de rep em rep sem largar e virou um wod ‘unbrokenzão’ com um resultado que eu acho que foi mais do que bom, pelo menos pela expectativa de ser unbroken. Mas tudo é estratégia e ver em qual você vai se dedicar com força”.
Para Thainã a ideia de fazer o workout todo sem quebras era o caminho até o devil press, onde ele disse saber que seria o mais complicado. “Devil press é coração, não tem como acelerar ele, ainda mais porque ele é metade do meu peso, então eu sofro muito ali. Talvez eu repita essa prova para tentar quebrar no pé na barra e chegar mais inteiro para o devil press e para a argola. Já na argola a minha ideia era chegar a 20 ou 22 repetições, então talvez se eu acelerar eu consiga isso”.