WFP: tudo o que aconteceu no Event 2
Uma segunda etapa bem conturbada, assim foi o World Fitness Project (WFP). Com uma baixa significativa de atletas, principalmente no feminino, a competição contou com pontos polêmicos que deixaram a organização do evento em cheque. Para começar no quesito desistência tivemos além dos atletas que confirmaram que não estariam na etapa, mais três desistência aconteceram durante o evento. Após o primeiro dia, Madeline Sturt decidiu abandonar a competição, enquanto no segundo dia, Alex Raptis e Jamie Simmonds saíram.
Porém, o evento não pontuou os motivos pela saída das três, apenas afirmou via e-mail a imprensa. Outro fator que mostrou um possível despreparo da organização, foi o erro na placa de peso. Aliás, esse quesito aconteceu com o brasileiro Gui Malheiros durante a prova de RM. Na placa de levantamento constava o peso de 420lbs (190kg), porém na realidade o brasileiro estava com 430lbs (195kg) na barra. Assim que constatado o erro, a organização validou o peso certo e deu a Gui a vitória na prova. Caso não tivessem observado o erro, ele perderia a vitória da prova para Austin Hatfield. Aliás, o erro maior e que pode trazer uma mancha para o evento, aconteceu justamente com Hatfield.
Durante a terceira prova, o americano estava cumprindo a etapa de movimentos no GHD, quando o local do aparelho onde os pés ficam presos caiu. O atleta não se machucou e foi constatado um ‘mau funcionamento do equipamento”. “Nossa prioridade foi verificar o bem-estar e a saúde de Austin. Nossa equipe, em conjunto, apresentou opções justas, imparciais e coerentes com o espírito da competição. Ele decidiu pela premiação do seu tempo com base em sua classificação naquele momento do evento. Estamos felizes que ele esteja bem e possa seguir em frente aqui em Mesa.”, comentou Will Moorad, Diretor de Esporte do WFP.
WFP dá diagnóstico sobre problema no GHD
“Após uma investigação mais aprofundada, as equipes de competição e segurança do World Fitness Project concluíram a investigação do incidente ocorrido no sábado, 30 de agosto, durante a última bateria masculina do Pro 3. O atleta da divisão Pro, Austin Hatfield, não conseguiu completar o treino devido ao desprendimento da barra deslizante do tornozelo de sua máquina ROGUE Glute-Ham Developer (GHD) da estrutura principal. Hatfield não pôde continuar o treino devido a uma lesão na parte inferior do corpo.
Os equipamentos e protocolos de segurança do WFP exigem que os membros da equipe verifiquem, antes de cada uso, se todos os recursos de travamento das máquinas estão travados antes do início do uso. Após a inspeção visual, o botão estava nivelado com o poste, indicando que o pino do botão estava inserido em uma das portas de travamento. No entanto, não estava totalmente travado; em vez disso, o conjunto deslizante do tornozelo estava sobre o poste, dando a aparência de uma porta totalmente travada. O impulso ascendente do atleta sobre o conjunto do pé GHD levantou a parte não travada do poste. Concluiu-se que isso foi um erro humano e não um mau funcionamento da integridade operacional do equipamento.
Devido ao incidente, esses protocolos foram atualizados para incluir mais medidas preventivas, incluindo a verificação visual e física do equipamento pelos membros da equipe de segurança e do equipamento após a verificação inicial”.

Disputa acirrada no masculino do WFP
A disputa no masculino foi marcado por desempenhos de alto nível, e quem saiu no topo foi Roman Khrennikov. O russo somou 516 pontos e mostrou consistência em praticamente todas as provas. Logo atrás, em segundo lugar, ficou James Sprague, com 508 pontos. Apesar de um desempenho mais irregular, Sprague brilhou especialmente na última prova, conquistando a vitória e se mantendo no pódio.
O canadense Patrick Vellner confirmou sua tradição de estar sempre entre os melhores. Com 493 pontos, terminou em terceiro lugar e mais uma vez provou sua resiliência, com destaque para a segunda colocação no Pro 3. Além de lavar a alma depois de sua apresentação no Event 1 do WFP onde reclamou bastante de sua atuação. Na quarta posição, apareceu outro talento norte-americano: Dallin Pepper. Ele alcançou 483 pontos, sendo o vencedor absoluto do Pro 3, o que ajudou a impulsionar sua colocação final.
Fechando o Top 5, o australiano Ricky Garard acumulou 471 pontos. Garard começou forte, vencendo a primeira prova, e se manteve competitivo ao longo de toda a competição, garantindo presença entre os líderes. Com resultados tão próximos, a disputa entre os cinco primeiros mostrou a força e o equilíbrio da categoria, deixando em aberto muitas possibilidades para as próximas etapas da temporada.
Laura Horvath brilha na disputa feminina
Na disputa feminina, Laura Horvath mostrou porque é considerada uma das atletas mais consistentes da atualidade. Com 569 pontos, Horvath garantiu o primeiro lugar geral após performances sólidas, mantendo-se entre as líderes em praticamente todas as provas. Na segunda colocação, brilhou a sueca Emma Tall, que somou 556 pontos. Tall conquistou a vitória no Pro 2 e foi extremamente regular durante o torneio, ficando a poucos pontos da liderança.
O terceiro lugar foi para a britânica Aimee Cringle, que abriu a competição de forma impressionante ao vencer a primeira prova. Com 482 pontos, Cringle confirmou presença no pódio e consolidou sua posição entre as melhores do fim de semana. Em seu último ano competitivo, Brooke Wells terminou em quarto lugar com 468 pontos. Sua consistência ao longo das baterias, especialmente no Pro 3, foi fundamental para mantê-la entre as líderes.
Fechando o Top 5, Lucy Campbell conquistou 465 pontos e brilhou no Pro 2 ao alcançar a terceira colocação e garantiu espaço entre as cinco primeiras. Assim como na disputa masculina, o equilíbrio foi a marca desta competição feminina. Horvath manteve o padrão que a consagrou, mas a proximidade dos resultados promete mais emoção nas próximas etapas da temporada.
