Brasil está com menos boxes ao longo dos anos?
Quando criamos a HORA DO BURPEE lá em 2018, o Brasil ocupava o 2º lugar como o país com o maior número de boxes de CrossFit no mundo. Dessa forma, perdendo apenas para os Estados Unidos, país originário da metodologia. De lá para cá o Brasil caiu de posição e foi parar na 5ª colocação geral. Entretanto, será que o Brasil de fato perdeu seus boxes ao longo dos anos? A resposta é muito simples, com certeza não. Muito pelo contrário, o Brasil facilmente pode ter triplicado o número de boxes ao longos dos anos. Porém, a não afiliação a marca CrossFit, fez com que o país caísse algumas casas no ranking geral.
Aliás, é muito fácil analisarmos essa questão. Ao entrar no Mapa dos Afiliados, no site da CrossFit, temos ali todos os boxes de CrossFit, ou seja, que pagam a afiliação da marca. Podemos ali no mapa visualizar quantos boxes existem pelo mundo inteiro. Para dar um exemplo, na região da zona norte da cidade do Rio de Janeiro, no mapa da CrossFit, encontramos boxes afiliados, são eles: Vila CrossFit, Techbox CrossFit, CrossFit Netuno e Touro CrossFit. Porém, facilmente perto desses boxes podemos contar a existência de sete ou mais boxes de CrossTraining localizados no entorno de cada um desses afiliados. O que isso quer dizer? Se todos esses boxes se afiliassem, só na região da chamada Grande Tijuca, onde estão três dos quatro exemplos citados, teria um número que beiraria 20 boxes de CrossFit. Esse número em apenas um bairro da cidade carioca.
Imagine se somássemos os demais bairros que possuem essa mesma realidade. Imagine agora essa realidade em todos os estados do país. A probabilidade de conseguirmos chegar ao número de boxes dos Estados Unidos ou até mesmo passa-los seria sem dúvidas grande.
A afiliação na CrossFit
Para que a matemática funcionasse de fato, todos esses boxes teriam que pagar a afiliação da CrossFit. Esse é um dos quesitos mais polêmicos da mundo do Cross. Para muitos a afiliação consiste em um taxa alta e que não traz retorno algum para o box. Na contramão desse pensamento, muitas pessoas fazem questão de pagar e dizem ter muitos pontos positivos com a afiliação, ainda existem aqueles que querem se afiliar, mas que financeiramente ainda não são capazes de arcar com o custo. A realidade é que cada um tem uma visão e seu parecer sobre o caso e seus pensamentos sobre, aliás, todos são válidos.
Mas é inegável que uma maior afiliação dos boxes atualmente de CrossTraining poderia significar uma maior visão da CrossFit para o Brasil. Uma vez que os números do país começariam a subir com força e refletiria nas reações dos “Chefões da CrossFit” para o país. É comum vermos pessoas falando que o Brasil merecia mais vagas para o CrossFit Games, porém, muitas vezes, essas mesmas pessoas acabam não achando interessante afiliar seu box na marca. Mas já foi dito algumas vezes que a maneira de fazer a América do Sul ganhar mais vaga está diretamente ligada a evolução e o engajamento da metodologia junto a população dos países. Com isso um “boom” de afiliações poderia ser uma das melhores maneiras de aumentarmos vagas e criarmos novas possibilidades para termos a CrossFit mais perto dos boxes.
Uma prova disso foi o Open desse ano, onde a própria CrossFit salientou a atuação do SuperForce CrossFit em colocar um número imenso de atletas dentro do Open. A própria marca fez questão de pontuar essa informação no e-mail com os principais dados do Open enviado para a mídia. Isso demonstra que de fato o Brasil pode ser mais visto.