Por que dizem que o CrossFit Machuca?
A metodologia CrossFit sofre a muito tempo com a falta de conhecimento da área. Aliás, até quem trabalha com ele muitas vezes não entende de fato o que é. Assim sendo, são exatamente dessas pessoas que não fazem a menor ideia da realidade da metodologia que vem a afirmação mais errônea de que “o CrossFit Machuca”. Mas afinal o que realmente machuca no CrossFit? A verdade é que a afirmação de que quem está de fora falando, não sabe o que diz, é a mais simples de fato. Porém, o grande problema é que muitas vezes, são as atitudes de quem está dentro do mundo do Cross que fazem essas afirmações serem mais fortes.
Afinal de contas, em um vídeo onde o rapaz levanta a barra de LPO não consegue sustenta-la no alto e ela cai sobre o seu pescoço, foi filmado e feito por alguém de dentro do Cross. Ou seja, ele se tornou a arma perfeita para que as pessoas de fora da metodologia pudessem usar o vídeo e dizer “eu falei que machuca”. Mas então, basta que as pessoas parem de se filmar treinando para que esse problema cesse? Absolutamente, não. Afinal de contas, nessa cena descrita acima, a única coisa que não aconteceria, caso não houvesse a filmagem, é que o vídeo não cairia nas redes sociais. Mas o aluno continuaria se lesionando no movimento, já que a base desse treinamento não estava certa. O simples ato de não gravar, nada mais seria do que jogar para debaixo do tapeta um erro que está na estrutura e não resolvendo um problema.
Problema na estrutura do treino é o que machuca
Então, com isso, o certo seria de fato um olhar de fora dessa situação. A real função do coach não é gritar para que o aluno levante o peso a qualquer custo. Mas sim orienta-lo para que o peso seja levantado com qualidade. Em um dos episódios do podcast que fizemos em parceria com a equipe da Criativa Wip, tivemos a oportunidade de conversar com os head coaches e level 3 da CrossFit, Sergio Landim e Gabriel Romero. Dessa forma, Landim deu um explicação simples e que clareia a situação. Na época havia acontecido um acidente como o contado acima onde o aluno acabou se machucando.
Quando colocado na mesa o acontecimento, Landim foi categórico: “no vídeo podemos ver que a recepção dele no clean foi ruim. Então essa barra nunca deveria ser lançada para cima. O correto é que o coach peça ao aluno que volte a barra no chão, diminua o peso e trabalhe o movimento para aperfeiçoa-lo”. Com isso, podemos ver que um ponto principal para evitar que acidentes aconteçam é que os praticantes foquem em aperfeiçoar e melhorar seus padrões de movimentos. Para então começarem a etapa do aumento de carga. Nessa situação, se o coach ao invés de filmar mandasse o aluno descer a barra, o resultado poderia ser outro. Mas a verdade é que isso acontece em todos os setores do Cross seja no LPO ou na Ginástica.
Alunos também precisam entender sua importância
O coach na realidade é o termômetro dos alunos, principalmente os iniciantes. Com isso, é ele quem tem o dever de travar ou liberar os alunos sempre que necessário. Por outro lado, os alunos também precisam entender o que estão fazendo e não se colocarem em risco atoa. É muito comum vermos pessoas que mal fazem uma barra em strict e já querem aprender a subir na barra. Porém, existe de fato uma cadeia de coisas que devem acontecer antes de se aventurar a etapas mais complexas.
Outro fator está no ego dos alunos, que criam competições internas durante a aula e esquecem que o nome com os números no quadro são apagados todo dia. Por isso, é importante entender seus limites e respeita-los. Se estiver com dúvidas, pergunte ao seu coach e se informe, caso não sinta segurança nos profissionais do box, procure outro. Mas sempre lembre que a imagem positiva da modalidade também depende de você para mudar os olhos negativos atuais.