Quero ser elite, que competições devo fazer?

Um dia fui perguntado por um praticante da modalidade, qual seriam as competições ideias para conseguir entrar no circuito da elite do CrossFit. A pergunta simples e despretensiosa daquele rapaz que estava ali esperando para começar a treinar montou um acampamento na minha cabeça. Afinal de contas, são inúmeras competições que temos ao longo do ano em todo o mundo. Mas qual ou quais delas são as melhores para quem quer entrar no seleto circuito da elite no nosso esporte?

Pensando rapidamente, a resposta pode parecer até óbvia, se inscreva no Open. De fato é isso, inscrever-se no Open é o caminho para conseguir chegar a elite, disputar e sentir a intensidade da Copa Sur e quem sabe a tão sonhada vaga para o CrossFit Games. Porém, a vida de um atleta da elite não pode e nem deve ser só pautada por um único momento ao longo do ano. Pelo menos não aqueles que vivem no Brasil e precisam pagar suas contas. Porém, acabar com o corpo se cansando em eventos diversos em todos os finais de semana, também não é uma boa ideia, afinal de contas, você nunca estará 100% em nenhuma delas e ainda acabará vendo a oportunidade do Open indo embora por excesso de treinos e competições. Não se engane, a lesão vem.

Com isso, analisando rapidamente, podemos levantar mais três competições que são extremamente importantes e que podem colocar o atleta no foco do país. Afinal de contas, vale ressaltar que na grande maioria, a única maneira de um atleta de CrossFit conseguir ganhar dinheiro, sem ser com as premiações das competições, está no patrocínio das marcas do segmento. O que faz com que o atleta precise de fato aparecer, para chamar a atenção dessas marcas e do público consumidor delas. Mas já falamos disso.

Monstar Games e Extreme Rock Brazil

Sem sombra de dúvidas, dentro do país existem dois eventos, licenciados pela CrossFit, que trazem todos anos inovações em suas edições e possui fortes atletas da elite do esporte para as competições. Além disso, ambos eventos possuem o Qualifier online, possibilitando que todos em qualquer lugar do mundo realizem as provas. Dessa forma, passando apenas os melhores dos melhores para o presencial. Se você já tem capacidade técnica e força para chegar até o presencial, sem sombra de dúvidas esses dois eventos são ótimas pedidas para você. O Monstar Games esse ano contou com quatro arenas e como todos os anos trouxe uma competição forte com provas pesadas e que trouxe nomes fortes da modalidade para a cidade de Goiânia.

O Extreme Rock Brasil que acontecerá em setembro na cidade de Vitória está em seus momentos de qualifier e promete trazer também os grandes nomes da modalidade para competir. Porém podemos destacar nomes como Henrique Moreira, Pedro Martins, Anderon Primo, Emily Andrade, Andréia Pinheiro, Maria Lívia, entre outros grandes nomes do esporte, que já marcaram presença competindo em ambos eventos. O que demonstra a importância dos dois para o cenário atual do CrossFit no país.

TCB, o maior evento nacional

Vale ressaltar que no calendário de um atleta elite que quer destaque, ao lado do Games está o TCB. A competição é voltada 100% para o alto rendimento e não tem espaço para os iniciantes e scale, como temos no Monstar Games e no Extreme Rock Brasil. Com isso, é de fato um evento muito seleto e não possui apenas um dia de competição física, como dois. Esse ano, como falamos anteriormente, o TCB trouxe novamente a etapa online de qualificação. Atualmente está passando pelas seletivas para então separar quem serão os atletas que se enfrentarão na grande final. Com isso, temos três etapas a serem realizadas pelos competidores.

Outro ponto importante é que hoje o TCB possui a chancela de enviar seus vencedores para o Latam Wodapalooza, nos Estados Unidos. Aliás, o WZA é também um ótimo evento para atletas elites que querem se destacar, embora seja uma competição internacional, o que dificulta os custos. Entretanto, o TCB é de fato um evento para se estar, caso a sua intenção seja ser um atleta elite da modalidade. Na história do TCB temos diversos campeões que se transformaram em atletas Games, entre eles temos os três representantes masculinos do Brasil esse ano. Com isso, é um caminho natural, assim como o Open, se inscrever para o TCB.

Outras competições

Mas espera um pouco, as outras competições então não prestam? Obviamente que não é isso. Toda a competição que possui a categoria elite tem seu valor. Ainda mais pela dificuldade que é trazer a categoria elite que exige uma maior complexidade tanto na construção dos workouts, como equipamentos e principalmente na premiação. Porém, como disse anteriormente, não adianta querer participar de todos, pois o corpo não irá aguentar. Com isso, separe alguns eventos que não podem faltar no seu calendário, como esses exemplos acima e veja quais outros valem a pena para você. Prezar por aqueles que estão próximos da sua cidade e que não irão gerar um custo muito alto é uma saída. Dessa forma, você poderá economizar e não deixará de competir.

Além disso, não deixe de analisar as novas competições e aquelas que estão em intervalos “fora da temporada” dos maiores eventos como os citados acima. Existem muitos deles que poderão inclusive servir de treinamento e preparo para competir no maiores, além de fazer com que você vá se habituando ao cenário competitivo da elite. São inclusive esses eventos que fazem com que você ganhe intimidade com muitos atletas e passe a criar amizades. No CrossFit essa troca é extremamente importante para evolução de muitos atletas, isso fica mais fácil de acontecer em eventos onde a competição e mais tranquila do que aquelas que valem de fato uma vaga no Games, como o caso da Copa Sur.

Estar em eventos que impulsionam o seu nome

Preze também pelas competições que possuem transmissão ao vivo. Pode parecer bobeira, mas uma simples transmissão ao vivo pode ser uma saída interessante para ver seu nome ganhando força e ver sua imagem sendo impulsionada. Como exemplo disso, podemos destacar Ana do Valle. A paulista ainda na categoria Teens do TCB For All sobressaiu nas provas da competição e hoje, já na categoria elite, recebe olhares mais atentos. Tudo isso pelo seu destaque quando ainda era uma atleta menor de idade.

A transmissão ao vivo é sem dúvida uma ótima maneira de dar destaque aos atletas e levar o nome para as pessoas além da arena. Seja pelo fato de ter o nome sendo falado pelo locutor que leva a emoção ao espectador que passa a admirar aquele atleta. Como para as marcas que começam a vislumbrar boas possibilidades de renda ao patrocinar aquele determinado atleta. Com isso, esses exemplos dados acima, em todos temos transmissão ao vivo. Sendo a mais “deficitária” por assim dizer, a Extreme Rock Brasil que não possuía no ano passado um transmissão com narradores, como encontramos todos os anos na Copa Sur, TCB e Monstar Games.

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