Artigo: a evolução na organização das competições

Quando comecei a cobrir as competições de Cross pela HORA DO BURPEE eu encontrei um cenário que ao longo dos anos passou a se modificar. Assim como fica claro para qualquer pessoa que leia a introdução da apostila dos treinadores de Level 1 da CrossFit. Aliás, que está de graça na internet: A metodologia é uma maneira do profissional de Educação Física ser dono do próprio nariz. Poder montar algo eficaz e que dá resultado na garagem de casa, com um custo mais baixo do que montar uma academia possível apenas com um corpo empresarial por trás, é de fato um achado.

Mas foi exatamente seguindo esse pensamento, que muitos eventos nasceram. Porém, a ausência de profissionais da área de eventos ou a falta de preocupação em ter um, ficava muito nítido. Embora tenham acontecido grandes eventos de sucesso ao longo dos anos. Na grande maioria a falta de foco em cuidar de quem estava assistindo fez com que muitas pessoas ficassem incomodadas com algumas competições. Até porque, quando o praticante não está na arena, ele está fazendo parte do público. Nos intervalos entre um workout e outro, a estrutura deixada para o público será a que ele terá para descansar até a próxima prova.

Até hoje, um dos primeiros eventos que tive o prazer de cobrir, é lembrado com revolta pela falta dessa estrutura. Ou seja, um evento bem feito e um evento mal feito, sempre serão lembrados. Mas principalmente, o que ficou muito claro para mim foi o fato de que o público precisa ser pensado como o praticante que estará lá competindo e sendo a estrela do evento. Na realidade, o público é o grande consumidor. Afinal, é ele que irá e poderá se esbanjar em comidas gordurosas e bebidas com álcool e açúcar. O competidor não, ou não deveria, uma vez que ele irá se esforçar ao máximo na arena.

Mudança de pensamento atual das competições

Mas com o passar dos anos o que tenho visto é de fato uma mudança de postura por parte dos próprios organizadores. No Rio de Janeiro, onde a HORA DO BURPEE atua mais fortemente, eventos como o Riocarioca Games, The Six, Titan Games, entre outros, possuem uma visão mais voltada em trazer um espaço agradável para o público. Tudo isso sem esquecer a competição. Esse ano tive o prazer de estar em São Paulo no TCB que mesmo com todas as dificuldades que passou, trouxe um cenário agradável para o público e seus atletas.

Foto: Lou click

No caso dos irmãos Riocarioca Games e The Six, os organizadores colocaram os coaches renomados João Neto e Beto Cardoso para cuidar do esporte. Enquanto seus produtores se incumbiram de trazer um evento onde os visitantes podem ter um espaço agradável e confortável para acompanhar os competidores. O mesmo pode ser visto dentro das arenas do Titan Games, onde ficou com Lucas Almeida e a equipe da CF Volans os cuidados com a parte esportiva da competição. Enquanto seus criadores fizeram a vez de trazer literalmente diversos shows para o evento pensando justamente em agradar o público. Enquanto o TCB criou um espaço exclusivo para os atletas que podiam simplesmente deitar e dormir enquanto a público tinha uma arquibancada inteira para se abrigar o sol e da chuva e uma área VIP com um camarote ao lada arena.

Essas ações também começaram a acontecer em eventos menores pelo Brasil, o que é de fato um verdadeiro ponto positivo e uma demonstração da necessidade da evolução. Em um ano com tantos eventos, essas ações são sem dúvida alguma, uma jogada diferenciada de quem quer ver seu evento ganhado algum destaque.

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