Os argentinos que podem desbancar o Brasil
É inegável que o Brasil mereça destaque entre os países da América do Sul. Afinal, basta olhar a tabela de classificados para semifinal para ver a hegemonia brasileira. Porém, quantidade não quer dizer qualidade e o Brasil precisará abrir os olhos para não deixar uma das ou as duas vagas para o Games escapar pelas mãos. Afinal, existem dois argentinos de olho nessas vagas e com muita qualidade.

Agustin Richelme e Nicolas Bidarte estão no embate e podem ser páreo duro para os brasileiros. Embora a modalidade ainda esteja muito aquém no quesito divulgação no país. Os dois atletas sabem muito bem o que é o CrossFit e querem o país no Nobull CrossFit Games 2021. Basta olhar as tabelas de classificação para entender esse quesito Richelme conseguiu ser o primeiro colocado no Open desse ano e Bidarte foi o grande vencedor das quartas. Os dois se classificaram para o Brazil CrossFit Championship e prometem deixar a disputa Brasil e Argentina ainda mais quente.
Os argentinos ainda irão realizar as provas do BCC juntos no mesmo box. Richelme é o proprietário da AR1 Fitness localizada em Buenos Aires e terá a companhia de Bidarte, além de outros dois argentinos classificados, Tomas Sarmiento e Geronimo Beaudean. Ou seja, ter o quarteto gravando e enviando seu vídeos juntos, poderá ser o combustível para subir na tabela e desbancar os brasileiros.
Argentinos perigosos
Vale ressaltar que, embora extremamente habilidoso, Richelme não se dá bem em provas que necessitem levantar muita carga. Basta analisar sua colocação na prova de front squat das quartas onde ficou com a 69º colocação. “Nunca fui o atleta mais forte da sala . Estou confiante no meu clean e no meu snatch, mas se estamos testando a força bruta como um squat, deadlift ou press strict, eu não sou o mais forte”, contou o argentino para o site Morning Chalk Up. Entretanto, nas demais provas ele se manteve muito bem, ficando inclusive com o 2º lugar na segunda prova das quartas. A consistência no resultado deu a ele a 5ª colocação da América do Sul.

Já o outro argentino da nossa reportagem, está voltando para sua terra natal com muita qualidade. Afinal, ele acaba de voltar de uma viagem de Las Vegas onde passou uma temporada de cinco meses sobe o controle do treinador mundialmente conhecido, Justin Cotler. Aliás, entre os discípulos do coach estão ninguém menos que Kari Pearce, Bethany Shadburne e Danielle Brandon, atletas que elevam o nível de conhecimento e técnica de qualquer um. “Treinar com eles me ajudou a crescer muito como atleta e a aprender muitas coisas. O volume e a programação têm sido semelhantes (ao que eu fazia antes), mas a intensidade é muito mais difícil estando cercado por atletas dos Games todos os dias” contou.
Com isso, podemos concluir que embora sejam poucos, comparado aos brasileiros, os argentinos prometem dar trabalho para os brasileiros nessa reta final. Vale a pena os nossos atletas se prepararem e darem o seu máximo para não ver uma das duas vagas sendo ocupadas por outros países.