PFAA: atletas lutando pelo direito dos atletas

Uma das grandes reclamações de atletas, sejam da elite do esporte ou praticantes em categorias amadoras nas competições, é sobre a organização dos eventos. Aliás, as reclamações são das mais variadas origens, seja a altura do ring, a falta de qualidade do equipamento, provas atrasadas e etc. Porém, essa não é uma realidade só no Brasil, em todos os cantos onde haja competições de CrossFit ou CrossTraining, essas reclamações acontecem. Com isso, para tentar salvaguardar e cuidar da saúde e qualidade dos atletas em competições, surgiu o Professional Fitness Athletes’ Association (PFAA).

A organização foi criada sem fins lucrativos com o único intuito de ajudar e auxiliar atletas a terem seus direitos e segurança dentro das competições. A ideia surgiu dos próprios atletas da elite mundial e tem como o presidente, ninguém menos que Brent Fikowski. Aliás, o canadense não é o único grande nome do esporte envolvido no PFAA, já fazem parte do grupo atletas do calibre de Patrick Vellner, Lazar Dukic, Taxa Sagafi e até mesmo a brasileira e duas vezes Games, Victoria Campos.

O grupo vem ganhando força desde 2020 quando foi criado em meio à incerteza em torno do esporte, às consequências do COVID e à primeira mudança de propriedade do CrossFit. Desde então a PFAA trabalha para trazer mais qualidade as competições. Além de lutar pelo direito dos atletas desde o conforto e os cuidados com a saúde e segurança durante a competição, até o pagamento das premiações.

Contudo, vale ressaltar que embora a PFAA lute envolvendo os cuidados com a premiação, ela mantem-se sem fins lucrativos. Por tanto, ela não tira porcentagem nos ganhos dos atletas. Ainda tem como uma de suas diretrizes, ajudar a unir marcas aos atletas. O PFAA ainda traz em suas diretrizes aumentar a conscientização da comunidade de fitness funcional.

O crescimento

Para se ter uma ideia, do crescimento que a PFAA vem conseguindo, foi anunciado a parceira como o TYR Wodapalooza 2024. Com isso, a PFAA terá sua supervisão acontecendo dentro do evento. Além disso, a equipe está em discussão para uma possível parceria também com o CrossFit Games. Ao final da semifinal desse ano, os atletas receberam um questionário qualitativo sobre a competição para levantar os pontos altos e baixos da competição. Além de entender as dificuldades dos atletas de irem até o Games.

A PFAA reuniu recursos para atletas e organizadores de competições descrevendo as melhores práticas para tabelas de pontuação, requisitos para trajes, dados sobre a altura dos anéis e barras de pull-up em relação à segurança dos atletas e padrões equitativos e o uso de equipamentos pessoais. Artigos e documentos foram escritos por membros do conselho de atletas, preparando e educando outros atletas sobre tópicos como protocolos de testes de drogas, informações de treinamento e competições online.  “Os atletas querem ir para uma competição que seja segura e justa. Essas são as duas coisas abrangentes”, explica Fikowski. 

Sem sombra de dúvidas, a entrada da PFAA no Wodapalooza dará uma força imensa além de uma injeção de seriedade para a organização. Esse pode ser com certeza o pontapé para vermos a PFAA entrar em mais competições pelo mundo e ficar cada vez mais forte. Aliás, esse seria um primeiro e forte passo para uma profissionalização ainda maior do esporte no mundo. Vale ressaltar que até mesmo dentro dos Estados Unidos, onde o CrossFit nasceu, ele ainda é visto como um esporte amador.

PFAA no Brasil

Embora Victoria Campos faça parte do corpo de atletas da PFAA, ainda não existe um braço da organização no Brasil. Porém, uma medida como essa seria uma excelente saída para termos mais qualidades dentro dos eventos no país. Além de deixar as competições mais justas. Embora tenhamos praticamente 95% das competições ocorrendo em nível amador, medidas como as trazidas pela PFAA poderiam fazer surgir mais eventos profissionais. Outro ponto é que todo atleta pode se juntar a organização. Com isso, podemos ver surgir ao longo do tempo e a força da PFAA aumentando, representantes da organização por todo o globo, assim como a própria CrossFit possui e que luta pelos direitos da marca.

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