Atletas Transgênero no Games
“Essa é a coisa certa a se fazer. A CrossFit acredita no potencial, capacidade e dignidade de todos os atletas. Estamos orgulhosos de nossa comunidade LGBT, incluindo nossos atletas transgêneros, e queremos você aqui conosco”. Esse foi o posicionamento do criador do CrossFit, Greg Glassman. A CrossFit Inc. anunciou que esse ano atletas transgênero poderão competir no Games na categoria de sexo ao qual se identificarem.
Antes, para competir as pessoas deveriam se inscrever referentes ao sexo dado em seu nascimento. Embora revolucionário para dentro do CrossFit, a medida já vem sendo usado em outros eventos esportivos, tais como as Olimpíadas. A CrossFit Inc. não anunciou se haverá restrições sobre como os atletas trans competirão. Porém, de acordo com um membro da Out Foundantion, grupo de saúde LGBT, a empresa pensou em seguir os padrões olímpicos.
Entretanto, para que a competidora trans possa entrar na categoria feminina, ela terá que ter se declarar como mulher e ter os níveis de testosterona adequados para a categoria. Já no caso de competidores que queiram se desafiar no masculino, não há nenhum tipo de restrição para se inscrever. Dessa maneiro o CrossFit passa a entrar em um grupo esportivo que está tentando quebrar alguns paradigmas. Contudo a atitude está dividindo opiniões que contestam o quão positivo e negativo pode ser esse fato.
Há quem diga que o fato é um grito de igualdade para os LGBTs. Mas há também um outro grupo que crítica o fato, não pelo preconceito, mas pela dúvida de saber se a competitividade será mantida. Eventualmente o Brasil vive uma polêmica parecida com a jogadora de vôlei Tiffany. Embora tenha feito a operação de mudança de sexo e vem fazendo tratamento para continuar sem produzir hormônios. A atleta trans fez a operação com 30 anos, dessa maneira, sua musculatura, ossatura, pulmões e coração foram construídos com hormônio masculino. Assim, o fato segundo especialistas, dá a jogadora uma vantagem acima das demais atletas.
CrossFit Inc. já respondia processo sobre o caso
A atleta transgênero Chloie Jonsson (capa da matéria) processou a empresa após ser proibida de participar na categoria feminina em 2014. Ao que consta pelo site americano Buzz Feed News, o caso acabou encerrado em 2015. Porém, com a nova medida, a atleta mostrou-se empolgada e sem ressentimentos pelo passado. “A mudança é sensacional para nós. Não há motivos para ter sentimentos negativos em relação ao CrossFit. Estou muito feliz por todos os meus irmãos e irmãs trans que temos a chance de competir”.