A ascensão das brasileiras no CrossFit Games
É inegável que a nova maneira de classificação para o CrossFit Games trouxe o holofote para mais atletas brasileiras do que nos demais anos. Com a última mudança onde a atleta que fechasse o Open em primeiro lugar já estava automaticamente classificada, tivemos o holofote um ano para Renata Pimentel e no outro para Lari Cunha, que só não foi por conta do corte ano passado pela covid-19.

Porém, não foi só mais oportunidade que as brasileiras tiveram, mas elas puderam mostrar uma evolução absurda no nível do CrossFit Feminino no Brasil. Das 30 vagas possíveis para o BCC, 18 são delas, as demais estão dividas entre Argentina, Venezuela, Colômbia, Equador e Paraguai. Além disso, tivemos Lari Cunha com o primeiro lugar da América do Sul, mostrando a soberania verde e amarela. Embora tenhamos as argentinas Milena Rodriguez e Sasha Nievas logo na sequência. Se analisaram as Top 10, teremos seis brasileiras, além de Lari, temos Victoria Campos, Gabi Moratti, Thais Nunes, Julia Kato e Amanda Fusuma.
Aliás, a nona colocada vem se destacando com o passar do tempo, após participar do TCB For All ano passado, Amanda vem em uma crescente de dar inveja. Afinal, ela fechou o Open em primeiro lugar da América do Sul. O crescimento feminino ainda fica mais evidente se olharmos os números de inscrição do Open 2021 que teve um leve aumento de 9% de inscrições. Passando de 7833 para 8558 inscritos no total.
Brasileiras chegando ao topo do mundo

Mas outro ponto interessante para ser destacado não é só em relação as classificações dentro da América do Sul, mas também na classificação geral. Fato que ainda temos uma distância significativa das atletas no topo da tabela. Porém temos um avanço interessante da brasileiras, tivemos Amanda finalizando a classificação geral na 18ª colocação, Lari em 23ª e Gabi em 47ª colocada no mundo inteiro. Uma classificação talvez inimaginável alguns anos atrás para nossas atletas brasileiras.
Contudo esse número não aconteceu apenas na final, durante quase todas as provas do Open tivemos uma brasileira classificada entre as 50 primeiras colocadas, apenas no Open 21.1 não tivemos. Dessa forma podemos observar um crescimento agressivo das mulheres dentro do CrossFit, um passo imenso na evolução do esporte e possibilidade de vermos mais cedo do que esperávamos as brasileiras competindo de igual com os países de elite do esporte.
Vale ressaltar também a importância das brasileiras que se destacaram com mais força durante as primeiras etapas, boa parte delas possuem menos de 30 anos. O que isso significa? Que muitas delas estão apenas começando na elite do esporte como Bia Clemente que completou 18 anos e Luiza Marques com 19, as caçulas entre as atletas. O que mostra que essa nova geração de brasileiras ainda tem muito para mostrar. Mas óbvio que temos atletas como Andreia Pinheiro que no auge de seus 38 anos deixa muita atleta no chinelo.