Pedro Martins consegue reduzir pena na CrossFit
Pedro Martins viveu um dos momentos mais difíceis de sua carreira esse ano. Afinal, após conseguir a tão sonhada vaga para o Nobull CrossFit Games 2022, o brasileiro foi pego no doping e acabou desclassificado da competição. Como já é de praxe no Brasil, milhares de pessoas vieram na internet atacar e denegrir o atleta. Para tentar provar sua inocência diante do diagnostico do uso de clomifeno, Pedro solicitou a contraprova do exame feito para o Copa Sur, evento que credencia para o Games.
“No último dia 12 de junho desse ano foi o último dia de Copa Sur, eu consegui ficar em 2º lugar e me classificar para o CrossFit Games. No mesmo dia, logo depois do pódio nós fizemos o teste de doping. Assim, depois disso no dia 11 de julho eu recebi um e-mail notificando que na minha urina continha clomifeno”, contou o atleta em sua live no Instagram na noite de ontem (2). Pedro ainda salientou: “a partir daquele momento eu teria duas coisas à fazer: pedir a amostra B do teste ou não fazer nada. Se eu não fizesse nada aquela notificação viraria uma sanção onde eu ficaria quatro anos suspenso”.
Porém, para evitar a punição maior, Pedro fez o pedido para a amostra B, mesmo sabendo que a resposta não viria a tempo de participar do Games, caso o novo teste mostrasse o contrario da primeira. Também, por ser utilizada a mesma urina do que na primeira prova, se de fato a substância estivesse no corpo do atleta, ela apareceria em um segundo teste, o que de fato aconteceu e Pedro acabou sendo suspenso de participar de competições oficiais da marca.
A luta de Pedro para diminuir a pena
Para tentar entender de onde de fato veio a contaminação e mostrar que não havia sido feita intencionalmente, Pedro resolveu ir além: “eu competi no TCB e durante a competição saiu a prova B constando que tinham encontrado o clomifeno também e que eu estava fora do Games. O TCB acabava no domingo e a gente viajava pros Estados Unidos no mesmo dia. Então eu resolvi ir mesmo assim, levei todos os meus suplementos para testar eles junto a CrossFit. Eu não tomava muita coisa, além de whey e creatina, eu tomava de manipulado um pré-treino e betalanina. Então levei eles para a NSF que é uma organização que a CrossFit recomenda que se use suplementos que tenham o certificado deles”.
Assim, foi detectado que a substância proibida estava contida no pré-treino tomado pelo atleta. Diante dessa evidência, Pedro uniu todas as suas provas e enviou uma apelação para a CrossFit, mostrando os resultados e sua inocência para o caso. Uma vez que ele não teria comando sobre a produção do suplemento que não continha o clomifeno em seu rótulo mostrando as substâncias usadas. A apelação de Pedro sutil efeito dentro da CrossFit que diminuiu o tempo de punição de quatro para dois anos.
O mesmo caso que aconteceu com Lari Cunha, pega no doping por contaminação cruzada. Embora a CrossFit não julgue o atleta como “culpado”, ele destaca a responsabilidade do atleta por tudo que ele ingerir. Dessa forma, Pedro está suspenso à partir do período da Copa Sur, onde foi pego, por dois anos. Porém, vale lembrar que essa suspensão serve apenas para os eventos licenciados pela CrossFit. Sendo assim, todo e qualquer evento que não tenha essa chancela, Pedro está apto a competir.
O copo meio cheio
É óbvio que para os fãs de atletas do cunho de Pedro Martins e Lari Cunha não tê-los disputando por dois anos as vagas do Nobull CrossFit Games, sabendo que eles podem conseguir, é muito ruim. Contudo, podemos ver uma verdadeira vitória no caso de Pedro, assim como tivemos no de Lari, além da diminuição da suspensão, temos os atletas limpos de caráter. Afinal, a contaminação sem seus corpos não foi feito de forma proposital e sim um erro ou descuido das farmácias de manipulação que fabricaram o medicamento sem o devido cuidado.
O caso dos dois serve também de aviso para que o mesmo não aconteça com mais atletas ou que as farmácias tenham mais cuidado. Vale lembrar no entanto, que apenas colocar a culpa nas farmácias é um erro. Uma vez que muitos atletas dependem desse apoio para conseguir se manter no esporte e o patrocínio delas é essencial. O caso de Pedro e Lari serve como um alerta para melhorarmos ainda mais o esporte e ficar cada vez mais profissional em todos os âmbitos, desde o atleta na arena até a sua preparação para pisar no piso preto.
Acho, que qdo pego no antidoping por uma classificação oficial para os Games ou no próprio Games, deve ficar fora das competições mesmo em países em que o Crossfit não seja regulamento
Em qq esporte é assim o atleta e pego não compete em nenhuma até passar a suspensão
Isso que a Lari faz em ir para o TCB 2022, coisa feia, ela está suspensa
Emerson,
Você precisa entender o que é uma federação e confederação.
99% das competições não possuem nenhum vínculo com a MARCA CrossFit o que é totalmente diferente dos outros esportes oficiais que seguem um direcionamento