Crime contra o CrossFit nas redes

Para quem acompanha as matérias e reportagens que postamos sobre CrossFit aqui no HORA DO BURPEE sabe que primamos pelo bom e, quase extinto, jornalismo. Optamos por não expor nossa opinião, mas sim mostrar as coisas que acontecem dentro do nosso esporte, tanto de bom, quanto de ruim. Afinal, somos um esporte novo e em crescimento.

Porém, a grande polêmica gerada nos últimos dias, com um vídeo onde a influencer Juliana Sampaio sofre uma fratura de úmero (parte do osso do braço) ao fazer o rope climb e outro que mostra ela chorando de dor ao chegar no hospital, fez com que muitas desinformações fossem expostas. Os vídeos foram rapidamente viralizados entre os grupos de boxes. Dessa forma, o fato trouxe uma discussão longa em diversos pontos do país e até grandes nomes vieram a público dar seu parecer. Então, resolvemos expor o nosso sentimento sobre o fato.

A maior página brasileira de informação sobre o nosso esporte, o Hugo Cross, trouxe mais uma vez uma matéria de qualidade sobre o assunto e entrevistou o ortopedista, Dr. Antônio Krieger, que esclareceu o ocorrido. Aliás, basta uma rápida leitura para entender que não foi o CrossFit que machucou a influencer. Mas sim uma má posição do braço ou problemas de estrutura óssea que poderiam corroborar para a lesão. Vale muito a leitura.

Crime contra o CrossFit

É difícil quando vemos um órgão que visa cuidar da saúde, traçar uma verdadeira empreitada para destruir o esporte que vem crescendo e criando cada vez mais apaixonados pela saúde e bem estar. Aliás, basta passear pela página da “Associação dos Personal Trainers do Estado do Rio de Janeiro”, para observar os diversos casos de lesão sofridas nos boxes pelo país. Todos os vídeos são bem fortes e chocantes, com comentários bem agressivos ao esporte.

Contudo, para termos uma informação concisa, o certo é mostrar os dois lados, pelo menos é assim no jornalismo. Então talvez possa ter faltado mostrar vídeos e histórias de pessoas como a própria Juliana, que venceu o sobrepeso com uma boa alimentação, aliás, praticando CROSSFIT. Podemos também ir além e trazer belas histórias de superação de atletas como Ricardo Allgayer e a pequena Vitória. Entre muitos outros portadores de deficiência física, que através do nosso esporte tiveram uma melhora significativa de vida.

Dentro do CrossFit profissional, temos nomes como Vitor Caetano, que também teve uma infância acima do peso. Mas encontrou dentro do CrossFit um dos motivos para emagrecer. Como resultado, é hoje um dos maiores nomes do esporte nacional. Até mesmo as nossas celebridades, como Fábio Broco que vem emagrecendo a olhos vistos, seguindo a dieta da nossa nutricionista, Giselle Santos, e treinando pesado na Black Jungle.

Por isso, mostrar apenas um lado da moeda, é no mínimo uma tentativa de manipular o caso. Uma pena ver um órgão que luta por diversos pontos para melhoria da categoria da Educação Física, tomar uma decisão triste dessa.

Muito além da Educação Física?

Analisando a página e as postagens feitas pela associação, nos deparamos com uma clara postura contra diversos pontos do Conselho Regional de Educação Física. Em um dos vídeos postados, onde uma atleta lesiona a coxa após uma tentativa frustrada de Squat Clean, há os seguintes dizeres: “Se um dia chegarmos a presidência do CREF ou CONFEF, daremos um fim a tudo isso!”.

Assim fica uma dúvida, será que fomos jogados no meio de um briga política e o CrossFit, por ser um esporte mais novo, acabou virando o pária do assunto? Um dos maiores head coaches do país, Chiquinho expôs em suas redes sociais o seu parecer sobre o assunto e de maneira clara e inteligente, chama a todos a perceber o óbvio: qualquer que seja o esporte a lesão poderá aparecer. Aliás, qualquer um mesmo, afinal muita gente pode ter tendinite jogando xadrez, já pensou nisso?

Conclusão

Por que então ao invés de atacar e criarmos uma rixa CrossFit X APTERJ que já vem sendo criada, basta ler os comentários nas postagens, não nos unimos? Afinal, as postagens mostram exatamente que seus criadores não conhecem de fato a essência do nosso esporte. Nós por ouro lado, talvez não conheçamos de fato a associação.

Ao invés de se atacar, que tal se ajudar? O CrossFit abriu, inegavelmente o leque para muitos outros esportes. Tais como natação, levantamento olímpico, corrida e ginástica, com um potencial para expandir ainda mais o seu cabedal de possibilidades. Por isso, ao invés de tentar destruir algo que nitidamente já deu certo e veio para ficar, tentar entender, todos os dois lados, pode ser a solução dos problemas.

Nós da HORA DO BURPEE tentamos o contato com Juliana, porém até o fim desse artigo não obtivemos retorno. Mas torcemos por sua rápida melhora, e claro, sua volta aos treinos, ainda mais forte e animada para ajudar seus 345 mil seguidores a terem uma vida saudável.

Ataque a informação

Na manhã de hoje (5), o perfil da APETRJ ainda atacou a matéria postada ontem pela equipe do Hugo Cross. “O sítio HUGOCROSS que em nada contribui para a categoria e para a população, de maneira sorrateira tenta desabonar uma legítima militância pro categoria e saúde da população carioca”.

Assim dando a entender que estão completamente por fora do mundo do CrossFit. Afinal, a equipe Hugo Cross foi a primeira equipe jornalística brasileira a conseguir entrar no maior evento de CrossFit do mundo para fazer uma transmissão ao vivo. Uma pena ver isso acontecer nos dias de hoje.

One thought on “Crime contra o CrossFit nas redes

  • 5 de março de 2020 em 13:45
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    Parabens…muito bem escrito e exposto.

    Resposta

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