Editorial: a controvérsia da volta dos eventos

Para quem acompanha a HORA DO BURPEE no Instagram viu que fizemos uma enquete sobre a volta ou não dos eventos presenciais. O assunto, ainda mais após o termino do Games, trouxe muitas pessoas votando. Aliás, foi o recorde de visualização dos nossos stories.

Porém, uma coisa chamou a atenção no resultado final da votação. Tivemos um total de 68% de votos afirmando que os eventos devem voltar a ser presenciais. Desse número de pessoas, 63% votou que irão competir no primeiro evento presencial que aconteça em suas cidades. Porém, do total de votantes, 62% afirmaram não acreditar que os eventos irão de fato respeitar as regras de distanciamento.

O que mais chama a atenção é muitas das pessoas que não acreditam no cumprimento das regras, em boa parte, dizem que estarão presentes aos eventos caso aconteçam. Um fato no mínimo intrigante, afinal, onde foi parar a autopreservação e a credibilidade dos produtores de evento?

A covid-19 acabou?

Se pensarmos no quesito cuidado, como dizer que estamos nos cuidando se topamos nos arriscar a ir em um local que não acreditamos ser seguro? A primeira medida, em tese, seria evitar um local ao qual nós não nos sentimos seguros.

Por esse motivo evitamos pessoas suspeitas nas ruas, não entramos em becos escuros, não usamos celular na rua, pois sabemos que há um possível problema. Porém, quando o assunto é diversão, esquecemos isso?

Outro fato preocupante nesse momento é perceber que as pessoas podem não estar dando a veracidade ideal para o problema de saúde mundial. Vale lembrar que a Europa vem passando pela segunda leva de pandemia da covid-19.

No Brasil, o mesmo pode acontecer, uma vez que as pessoas já não estão respeitando da maneira certa os quesitos de segurança. Por isso, abrir os eventos, não estaríamos compactuando em aumentar essa margem de possível contaminação?

Afinal, é só um evento, como é só um dia de praia, um filme no cinema e a transmissão começa a se espalhar mais forte. Embora o “histórico de atleta” que possamos ter.

A covid pegou atualmente duas grandes atletas do nosso esporte: Gabi Moratti, curada e voltando aos treinos, e Nathalia Mencari, que vem se recuperando e voltará os treinos o mais rápido possível.

Com isso vale responder o subtítulo sobre o fim do vírus e analisar se de fato vale a pena arriscar em algo que a própria pessoa acredita que ficará perigoso.

Eventos sem segurança?

A certeza de que os produtores de eventos não irão fazer dentro das regras chama a atenção. Ainda mais para nossa equipe, afinal estivemos em muitos realizando nossas coberturas jornalísticas e podemos afirmar que foram poucos que estivemos presentes que havia alguma falta de cuidado no evento.

Aliás, tanto os pequenos, como os grandes, sempre mostraram ter uma boa estrutura e cuidado com os atletas. Pensar que os eventos fariam algo prejudicial à saúde e podendo tomar uma multa por isso, não parece ser uma ação inteligente que tomariam. Talvez, para quem seja a favor da volta dos eventos presenciais, dar um pouco de credibilidade aos criadores, parece ser algo justo.

Outro ponto importante, um evento traz inúmeras marcas, patrocinadoras e que participam da parte comercial do evento, na venda de roupas, produtos e comidas. Com certeza essas marcas não marcariam presença em um evento que não cuide de questões tão sérias e importantes. A grande maioria, senão todas, zelam por sua imagem e jamais vinculariam ela a um evento que fosse desfechado em um quesito desses.

Sendo assim, um evento nunca é simplesmente algo feito de qualquer maneira. Há muita coisa por trás dele. Até porque, se não tivesse, não teríamos eventos grandiosos acontecendo e crescendo a cada ano mais e mais.

Conclusão

O que podemos tirar disso tudo é que independente da sua opinião, se é a favor ou contra a volta dos eventos, é necessário analisar como um todo.

Para ser feita, os produtores das competições deverão tomar todos os cuidados para não ter o nome do evento jogado na lama. Os atletas por sua vez, que queiram participar, precisam ficar atentos as colocações, posicionamentos, numero de marcas no evento e tudo que possa servir como prova de qualidade.

Além é claro, de reclamar de qualquer coisa dentro do evento que pareça ser uma falta de cumprimento das regras estabelecidas de distanciamento.

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