Racismo Estrutural no CrossFit?

Triste momento para o CrossFit. Realmente é um duro golpe o posicionamento do criador do esporte, que sempre defendeu a comunidade, sobre as acusações de racismo estrutural.

Greg Glassman, criador do CrossFit, preferiu o deboche ou invés de demonstrar o apoio da empresa ao problema. Na última semana uma grande campanha ganhou as redes sociais, onde muitas pessoas e empresas postaram em suas contas no Instagram uma imagem preta, simbolizando um protesto contra o Racismo Estrutural. Tudo aconteceu após a morte do americano George Floyd. Assim a campanha Black Lives Matter ganhou força.

A polêmica

Contudo uma conversa vazada na última segunda feira foi exatamente de encontro com a nova luta mundial. Em um chat voltado apenas para atletas de elite do CrossFit Games, a atleta Jéssica Griffiths usou a palavra Nigger que possui um cunho racista na língua inglesa.

Chandler Smith acabou rebatendo sobre a forma que a atleta havia escrito. Contudo, ela teve a defesa de outro grande nome do Games, Travis Williams que ficou ao seu lado. O vazamento da conversa trouxe um forte repercussão negativa tanto para Jessica como para Travis. Ambos perderam seus contratos com uma das principais marcas atléticas americanas. Jessica retirou sua conta no Instagram e Travis teve que fazer um pedido informal de desculpas para os fãs.

Falta de respeito com a causa

Porém, ainda mais grave do que o problema entre os atletas, acabou sendo o não posicionamento da marca e a maneira debochada de Glassman sobre o assunto.

Ao responder um e-mail da Rocket CrossFit em seu pedido de desfiliação, onde pontuava que um dos motivos seria a falta de posicionamento da empresa sobre a luta contra o racismo, Glassman foi extremamente grosseiro em sua resposta.

Mas para encerrar com chave de ouro, o criador debochou da causa ao dizer: “é o Floyd-19”, fazendo alusão a Covid-19, em resposta a um Twitter do diretor do Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação, que havia postado a importância da luta contra o Racismo Estrutural.

O deboche também ganhou as redes e a revolta ainda está longe de acabar. Após isso, muitos boxes que já estavam insatisfeitos com a falta de ajuda da CrossFit Inc, passaram a cogitar ainda mais se desfiliar da empresa.

Fonte: Hugocross

One thought on “Racismo Estrutural no CrossFit?

  • 7 de junho de 2020 em 11:45
    Permalink

    Realmente é uma situação complicada, creio o crosstraining não precise ficar submisso a marca Crossfit, já existem praticantes suficientes, com tendência de crescimento, muitos boxes nem afiliados são mesmo.
    Patrocinadores, marcas de equipamento, tudo pode migrar para o crosstraining.
    O Ego subiu a cabeça.

    Resposta

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