Vitor Caetano: “eu acabei me apaixonando pelo esporte”
Ph: Jesse Motta
Aos 21 anos ele fez de 2019 o seu ano. Afinal, ele conseguiu ficar na terceira colocação no evento mais importante do país e se consagrar como o terceiro brasileiro mais bem qualificado no Open. Dessa forma, Vitor Caetano vem conseguindo se destacar no CrossFit e se manter em alto rendimento.
Aliás, além de suas colocação, Vitor Caetano fez ao lado de Chiquinho, Nathalia Mencari e Fernanda Dotto, uma das apresentações mais emocionantes dos workouts do Open 20.4. Por conta disso, conversamos com o atleta para entender o segredo de tanto sucesso e o que ele acha que precisa melhorar para estar melhor ainda em 2020. Acompanhe:
Como você ingressou no CrossFit?
Bom, eu era atleta de Taekwondo em 2015 e iniciei o CrossFit como um complemento para a preparação física junto com o Coach Gu Lemos, que me acompanhou por muitos anos. Então, logo depois disso, eu acabei me apaixonando pelo esporte, larguei o Taekwondo e estamos ai até hoje (risos).
Você antigamente era obeso, como foi o processo dessa mudança de hábito?
Foi relativamente “fácil”, eu sempre fui obcecado pela vitória, ou por fazer o meu melhor em tudo que faço na vida. Então consegui perceber que minha performance no esporte só melhoraria caso eu mudasse meus hábitos (Treinar com mais frequência, comer bem, dormir bem, etc). Por isso acabou se tornando um pouco mais fácil, essa mudança de hábito.
Você tem ficado sempre junto dos melhores atletas atuais com o 3º no TCB e no Open. Você imaginava isso?
Imaginava sim. Pois, sempre acreditei muito nos meus sonhos e esse Top 3 tanto no TCB quanto no Open eram metas que eu já vinha trabalhando a anos, então sempre acreditei.
Como foi o ano de 2019 para Vitor Caetano?

Surpreendente e incrível, são as palavras que definem. Afinal, consegui concluir todas as minhas metas do ano e até acelerar algumas.
Assim, consegui minha primeira participação em um anúncio mundial Oficial do Open na CrossFit, consegui a vaga para meu primeiro Sancionado (Brazil Crossfit Championship), então estou muito feliz com tudo isso.
Afinal, acredito que até o momento, foi o melhor ano da minha carreira.
Durante o Open, qual o workout que você teve mais dificuldade de fazer? Por quê?
Com certeza o 20.2 para mim foi o mais desafiador (e minha pior posição entre as cinco provas). Pois wods longos, acima de 10 ou 12 minutos ainda são uma grande deficiência pra mim, mas venho trabalhando duro para deixar de ser uma deficiência.
Em qual você teve mais facilidade de fazer?
Foi o 20.3! Pois, Deadlift, HSPU e HSW são movimentos que gosto muuuuito e tenho uma certa facilidade, o que me ajudou muito no desempenho do Workout.
Qual o movimento que você mais gosta de fazer e qual acredita que precisa desenvolver melhor?
Meu movimento favorito é Ring Muscle Up. E o que eu preciso melhorar é o Pistol!
O que você acredita que faltou para termos você no ponto mais alto do pódio?
Tempo de treino. Mas não senti que tive nenhum grande buraco esse ano, não tive nada que me “afundou”, tudo correu de forma linear. Porém, não foi bom o suficiente, ainda, e isso só o tempo pode trazer.
Dentro do CrossFit quem são suas referências no seu dia a dia?
O CrossFit me trouxe muito grandes amigos, pessoas que posso chamar de irmãos e até mesmo de pais. Minhas maiores referências hoje são: meu Coach Eder Costa, meus companheiros de treino, com que eu divido meus resultados e nos ajudamos diariamente, Kaique Cerveny, Luquinhas Almeida e Anderon Primo.
E fora das pessoas que treinam com você?
Fiz grandes amigos no CrossFit, como Gui Malheiros, Thainã Beraldo e Gu Lemos. São todas pessoas que uso como referência para evoluir cada vez mais.
Como é o apoio da família na sua carreira como atleta de CrossFit?
Ótima! Aliás, minha mãe me ajuda muito em relação à dieta, me ajuda fazendo as coisas que preciso comer diariamente. Enquanto meu pai e minha namorada (Priscila Horvath) são atletas TCB. Então, além de estarem sempre junto comigo, me incentivam muito.
Quais as dificuldades de ser um atleta de cross atualmente?
Hoje temos poucas marcas que realmente chegam para nos ajudar. Afinal, algumas marcas precisam entender que quem realmente é atleta e VIVE DISSO. Por isso, não paga as contas com permuta, com roupas, com suplementos, nós pagamos as contas com dinheiro.
Então a necessidade de patrocínios financeiros é maior?

Como qualquer outro trabalho. Então acredito que essa seja a maior dificuldade hoje. Além disso, algumas marcas querem cobrar muito do atleta, mas não estão dispostos a realmente ajudá-los da forma que eles precisam ser ajudados.
Além de vermos muitos atletas se vendendo a troco de nada, e isso acaba, infelizmente, empobrecendo nosso mercado.
O que Vitor Caetano acredita que precisa melhorar para 2020?
Acredito que se cobrar um pouco menos e levar as coisas mais leves. Dessa forma, acredito que o meu maior problema é levar as coisas a sério demais e quando não andam do jeito que gostaria, acabo me frustrando. Por isso, acredito que essa seja a grande mudança pra 2020.
Deixe uma mensagem para os seus fãs.
Queria agradecer de coração a todos que torcem, vibram, investem seu tempo em mim. Nada é mais gratificante que o reconhecimento do trabalho e isso me deixa MUITO feliz. Obrigado a todos.