Brasileiros sobem ao pódio no BCC

ph:Joy Image

Chegou ao fim a chance de um time e dois atletas, feminino e masculino, garantirem no Brasil a sua vaga para o Reebok CrossFit Games. Afinal, aconteceu no último final de semana no Ginásio do Ibirapuera o Brazil CrossFit Championship (BCC). Dessa forma, a cidade de São Paulo foi o foco mundial de todo amante do esporte.

Assim como no ano passado, não tivemos brasileiros classificados para o Games, em compensação, nossos atletas vem evoluindo cada vez mais. Com isso, tivemos dois brasileiros esse ano que subiram ao pódio. Aliás, nos times, o Brasil também fez bonito, mas ficou longe do pódio. Contudo, o BCC entrou mais uma vez para a história trazendo uma emocionante final, tanto nas equipes, quanto no individual, que levaram todos os atletas ao cansaço máximo.

O evento ainda contou com uma estrutura de mídia de qualidade. Como dito anteriormente Lu Martins e Axel Gouveia, criador do Seeking Growth Podcast, foram as vozes do evento. Enquanto tivemos na arena entrevistando os campeões de cada prova, Fábio Broco, que por sinal, mostrou toda a sua versatilidade ao falar quatro idiomas diferentes, mostrando os motivos pelo qual vem crescendo dentro da mídia do CrossFit.

Os times do BCC

O Brasil trouxe 10 dos 15 times do evento, com nomes de peso do nosso esporte, tais como Karime Ferrari, Tata Rebane, Caro Hobo, Tato Outor, Yuri Carvalho, Victor Marques, Marcella Alonso, Pri Horvath, Tainã Beraldo, entre outros.

Porém, talvez o grande destaque dos times tenha ficado para equipe Made in Roça. Composto por Juan Velleda, David Fonseca, Camila Murakami e Francielly Nascimento, o time mostrou raça do início ao fim da competição, principalmente no último workout onde foram eliminados por pouco. Mas, verdade seja dita, o time de Tata e Tato, o Team Treta Blacksheep, fez bonito e ficou com um segundo lugar na emocionante final.

Contudo, para os times nenhuma prova foi simples e a “pedreira” foi do início ao fim da competição. Logo no primeiro workout as equipes já tiveram um desafio pela frente. Inédito, pelo menos no Brasil, os atletas precisaram empurrar um Scrum por 100m. O aparelho é comumente usado por atletas de rugby e futebol americano, onde os atletas precisam empurrar um paredão pelo campo. Alias, empurraram não só uma vez, mais sim duas. Essa foi só uma das sete provas do BCC.

O pódio ficou com os canadenses do Taranis Lifetree, com os americanos da Invictus Brazil na segunda colocação e Happy Hearts, da França, em terceiro. Logo abaixo a equipe da CFP9, mais uma vez mostrou que tem garra e esta cada vez mais próximo de subir ao pódio.

Feminino

Se no times a pressão foi grande e os workouts pesados, no feminino não foi diferente. As provas foram duramente disputadas colocação por colocação e as nossas brasileiras fizeram bonito. Nomes como Nathalia Mencari, Thattiane Freitas, Antonelli Nicole, Carolina Long, Thais Nunes, Luiza Dias, Anita Pravatti, Andreia Pinheiro e Camila Siller, estavam entrem as participantes.

Um dos grandes destaques do evento foi a agilidade de Luiza Dias ao realizar a penúltima prova do BCC. Na “Amanda on hands”, os atletas precisavam realizar o benchmark “Amanda” com um aditivo: 8 m de Handstand walking a cada transição entre o ring muscle up e os snatchs. Luiza fez praticamente todo o workout sem descansar um minuto se quer e “quebrando o movimento” apenas na última série de snatchs. A apresentação levantou os presentes no ginásio.

Porém, os merecidos destaques para o BCC na categoria feminino com certeza ficam para Andreia Pinheiro. Ela que irá participar do Qualifier Online do Games na categoria Master, mostrou que ainda consegue disputar de igual para igual com as atletas elite. Mostrando um preparo físico de categoria, Andreia lutou do início ao fim e conquistou a terceira colocação do evento.

No segundo lugar, a mexicana Cecília Ramirez fez valer a passagem para o Brasil e levou o caneco para casa. Aliás não só o caneco, mas carimbou também sua passagem para o CrossFit Games 2020. Afinal, a argentina e vencedora do BCC, Melina Rodriguez, já havia conseguido a vaga para os jogos pelo Open argentino.

Masculino

Diferente do feminino, esse ano a categoria masculina trouxe poucos atletas, um total de nove, enquanto tivemos 15 mulheres. Porém, mesmo assim, os brasileiros deram bastante trabalho ao longo do evento. Aliás, até os brasileiros chamados de última hora, como Fábio Dechichi, competiram de igual para igual.

Assim tivemos nomes como Lukinhas Almeida, Gui Domingues, Anderon Primo, Filemon Souza, Bruno Marins, Matheus Ferro, Kaique Cerveny e Vitor Caetano. Dentre esses nomes, os mais bem colocados acabaram sendo Anderon, Gui, Bruno e Kaique, que acabou se transformando em dúvida para o terceiro dia, após sentir dores no ombro no último workout de sábado.

Já Caetano que finalizou o Open 2020 em terceiro lugar, atrás de Malheiros e de Anderon, acabou indo mal no evento e amargando a penúltima colocação. Anderon por sua vez fez um ótimo evento e trouxe uma final eletrizante, sendo cortado do workout apenas na penúltima bateria da competição.

Mas sem dúvida o maior destaque fica por conta do “Gorila Branco”, Gui Domingues que conseguiu se sagrar com o terceiro lugar do evento, uma bela vitória para o Brasil. No segundo lugar o americano Josh Miller ficou atrás do grande campeão do Brazil CrossFit Championship 2020, o canadense Adam Dadvison que se emocionou junto a esposa no final do BCC.

Baixas

O BCC teve duas grandes baixas no evento. A primeira foi de Pablo Chalfun, que não se classificou por conta da lesão que sofreu no bíceps esquerdo durante o Open, não conseguindo concluir as etapas e assim não se classificando para o evento.

Porém, o primeiro representante brasileiro do Games preferiu não aceitar o convite do evento para participar devido a falta de treino específico para enfrentar o evento. Em seu canal no Youtube, Pablo explicou melhor os motivos de sua recusa.

A grande promessa para pódio do Brasil Camila Siller precisou abandonar a prova logo no último workout. Em seu perfil no Instagram, a atleta explicou os motivos de sua saída: “treinando a umas semanas atrás eu treinando machuquei o meu pé. Descobri que era uma fascite plantar e na primeira prova do campeonato essa lesãozinha acabou retornando. Então desde a primeira prova já estava bem dolorido, mesmo assim tentei dar o meu máximo. Até que chegou um ponto que não teve mais como continuar competindo”.

Siller se emocionou ao falar de sua participação na competição: “essa decisão não foi a melhor tomada, mas a mais sensata. Eu quero dizer que estou muito realizada e muito feliz, foi um sonho viver isso. Estou chorando mais não é de tristeza e sim de felicidade de ver que tenho capacidade de ir além. Quero agradecer o carinho de todos e quero que saibam que eu não vou parar”.

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