Anderon Primo: “a gente inspira, motiva e da exemplo”

Um dos grandes nomes do nosso esporte não esteve no TCB desse ano. Aliás, Anderon Primo, o Champs, pentacampeão da competição esteve sim no TCB. Porém, do lado de fora da arena, assistindo a competição como todos os outros. Desde sua participação histórica na 1ª edição da Copa Sur esse ano, Anderon vem lidando com a recuperação de sua lesão sofrida na disputa pela vaga para o Nobull CrossFit Games 2022. O atleta era visto por muitos como um dos favoritos para estar em Madison ao lado de Gui Malheiros representando o país, mas uma lesão no glúteo mínimo e médio tirou o atleta da disputa.

“Essa lesão do Copa Sur já existia na realidade, a gente tratou da melhor forma possível para poder chegar na competição 100%. Mas infelizmente ela acabou acontecendo de novo. A principio a gente fala: ‘é só um estiramento’, mas é uma lesão que dói muito. Quando você perde estabilidade de glúteo, naturalmente você perde muito padrão de movimento, principalmente no LPO”, contou o atleta para nossa equipe. Sem pretensão nenhuma de parar de competir, Anderon mostrou muita sabedoria ao falar sobre como fazer para recuperar da lesão. “Nesse primeiro momento eu tenho que parar e fazer a medicação direitinho, seguindo o repouso sem abusar da musculatura para recuperar o mais rápido possível”.

Anderon fala sobre perder a vaga no Games

Sobre o sentimento de não conseguir a vaga para o Games, mesmo sendo um dos mais cotados para conseguir, Anderon explicou: “é meio traumático, porque é algo que você trabalha o ano inteiro pensando naquela vaga e o trajeto até o CrossFit Games. Mas é a vida de atleta e são coisas que acontecem, a gente caminha de mão dada com a lesão. Mas é o que eu falo, a gente tem que tirar o melhor da lesão. Foi negativo por ter acontecido a lesão, mas foi muito positivo no que a gente conseguiu entregar no restante do campeonato e mais importante, a mensagem que a gente conseguiu passar para as pessoas”.

Questionado sobre qual teria sido essa mensagem, Champs não titubeou: “eu como atleta tenho um dever com o público. É muito mais do que só um atleta competindo e ganhando. A gente inspira, motiva e dá o exemplo, eu acho que ter continuado na competição apesar das adversidades é uma forma de mostrar para as pessoas que no dia a dia terão vários obstáculos na rotina das pessoas, mas tem que ter uma cabeça boa e sempre querer buscar para ser melhor e entregar o seu melhor resultado independente da situação que você estiver”.

De volta as arenas de competição

Para a volta as arenas de competição, Anderon falou para nossa equipe com exclusidade como está o planejamento para isso. “A gente mensurou um tempo de recuperação. Vou ficar um mês a base de corticoide e anti-inflamatórios, depois disso a gente entra com a parte de fisioterapia de reabilitação muito forte, então acredito que no máximo dois meses estou de volta”.

Porém, mesmo não podendo treinar em alto rendimento, Anderon se mantem ativo nesse período. “Eu continuo treinando, basicamente tenho feito a base anaeróbia, eu consigo remar, consigo pedalar, consigo fazer alguns movimentos de suspensão de ginásticos. A única coisa que realmente me impede nos treinos é de fazer agachamento em qualquer amplitude, então o LPO está fora, corrida também, box jump, air squat, qualquer tipo e press também está descartado por enquanto. Mas o burpee ainda consigo fazer, ele ainda está padrão (risos)”.

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