Coluna Marcelo Prata: Hora de reaprender os eventos
Primeiro ponto que eu vejo não é se acredito ou não e se tenho fé ou não. Mas sim sermos racionais sobre o que esta acontecendo. Eu sinto pelos estudos que faço e informações que eu leio é que estamos muito atrás da covid-19. Por isso, a precaução sempre vai ser o carro chefe.
Quando tive a lesão nas minha coxas, onde rompi os dois tendões quadricipitais em 2019, meu fisio e meu ortopedistas sempre falaram: “Marcelo você vai ter uma nova vida normal, mas sabendo que não pode cair”. Então, sabendo disso, eu aprendi que eu precisava evitar cair, não havia mais o que ser feito, essa passou a ser a minha realidade. Acho que o que vivemos atualmente segue mais ou menos esse principio.
Não há o que ser feito. Acho que quem briga agora pelo direito de ir e vir esta sendo egoísta, estamos em uma situação que temos que pensar em conjunto. Quando falamos de eventos é algo inexistente esse ano ao meu ver. Pode acontecer algo que mude isso? Claro que pode, mas pelo que vejo no Brasil e se tornando em algo muito mais político do que saúde em si eu não vejo essa melhora.
Por isso, eu acredito que a grande saída é que os donos de eventos revertam eles para o ano que vem. Mesmo sabendo que isso envolve uma série de fatores como os patrocinadores, mas essa seria coisa mais lógica a se fazer.
Eventos pós pandemia
É importante pensarmos nos eventos, pois são formas de reunirmos as pessoas. Porém, não podemos hoje causar essas reuniões. Se pensarmos em eventos como Wod Land, KVRA Games, Iron Wod, Shark Challenge, entre outros, que possuem cada vez mais atrativos e como consequencia, trazem mais pessoas de fora. Isso agora é algo que temos que evitar no começo.
A minha ideia é voltar e reaprender a fazer esses eventos. É como um lesão, é uma oportunidade de usar a experiência que você já tem e trazer algo novo, adaptado e melhorado. Por isso, a minha visão é que os Inter Box deveriam voltar em um primeiro plano. Os eventos internos de cada box, para que as pessoas possam manter a ideia do evento de competir e conhecer pessoas nesse primeiro momento dentro do seu box e depois sair dele.
Em um segundo plano, os eventos poderiam passar a ser regionais, onde as pessoas poderiam se deslocar de carro para o evento. Então, um evento em São Paulo, as pessoas do próprio estado possam participar, assim moradores de Santos, Bauru e etc possam se deslocar até lá. Seria uma ótima opção para essa retomada.
Mas precisaríamos de uma pessoa para ser o guia e ter a voz para as pessoas escutarem. Como empresas como a Sagaz Esportes, que faz eventos de CrossFit e de corrida pelo país. Que se use mais as empresas como a Digital Score, que possuem competência comprovada no assunto. Destaco elas porque eu conheço de perto o trabalho deles e sei do profissionalismo e seriedade deles.
Mas acho que a ideia é fazer algo coordenado. Aproveitar esse momento para melhorar isso, uma vez que antes da pandemia os eventos eram desordenados e fazia evento quem quisesse, bastava ter renda para fazer. O que acontecia era uma desorganização imensa e falta de estrutura dos eventos, tanto para os competidores, como para quem trabalha. Então essa é uma chance de se aprender e melhorar o que estava errado.
Marcelo Prata
- Formado em ciência do exercício na North Carolina Wesleyan College nos EUA
- Marcelo Prata foi homenageado na formatura com o prêmio de Espírito da faculdade (prêmio dado a pessoas que unem a comunidade do ambiente da faculdade)
- Como atleta na faculdade:
– Jogador de tênis, corrida e futebol
– Mantém recordes de corrida e foi campeão da meia maratona da Jordânia em 2015 - Atualmente
– Marcelo Prata é dono da MPTEAM – Sistema progressivo de treinamento – que busca passar para seus participantes a vivência do processo de treinamento com um sistema de preparação física global. Concretizando bases para a criação de possibilidades de movimento - Locutor/entretenimento de eventos de CrossFit