Cadê os brasileiros no Open 21?

Uma das perguntas mais frequentes dos amantes do CrossFit e fãs dos brasileiros é: cadê os nossos campeões na classificação geral? De fato, principalmente no masculino, estamos tendo uma hegemonia argentina na classificação, principalmente na masculina. Basta abrir a classificação geral do Open 21, selecionar a América do Sul, que nos deparamos com uma imensidão azul e branca. Cadê o Gui Malheiros? Onde está o Anderon Primo e seus burpees? Por que o Pablo Chalfun não está no topo? Alguém viu o Kaique Cervany por ai? Mas o que isso significa?

Na realidade, isso não significa absolutamente nada. Aliás, significa sim, que os brasileiros podem estar com uma estratégia melhor do que seus concorrentes. Estamos ainda na segunda prova do Open 21, ainda teremos mais duas, passarão no masculino os 700 mais bem colocados, ou seja, o 1º lugar e o 700º (quero ver ler isso como numeral ordinal) irão carimbar o passaporte para os eventos regionais. Com isso, para que dar o seu máximo e se desgastar todo nesse começo? A ideia dos brasileiros ficou clara e Gui posicionou isso muito bem em sua resposta ao post feito pela CrossFit Brazil no Instagram: “Galera, entendam que ganhar agora é igual ganhar aquecimento! Não vale de nada! Se acalmem, o tempo vai chegar!”.

Outro brasileiro que também mostrou calma no placar foi Anderon Primo: “Na semi final as bandeiras mudam!! Calma galera, agora não vale nada, segurem a ansiedade”. Com isso, fica bem amostra que os brasileiros não estão ruins ou fazendo corpo mole, mas sim administrando os workouts.

Se todo o Open 21 fosse um Workout

Para facilitar o entendimento, se trouxermos isso para dentro de um workout comum que fazemos no box, pense em uma serie de exercícios para serem feitos com um time cap de 20 minutos e seis rounds. O que aconteceria se você logo de começo desse o seu máximo? Com certeza na metade dele você já estaria cansado e a chance de não finalizar ele seria imensa. Qual seria a melhor saída? Manter um plano onde você consiga manter-se ativo o tempo inteiro na prova sem precisar quebrar por muito tempo e mantendo a qualidade dos movimentos. Como fazer isso? Simples, diminuindo o ritmo e não dando o seu máximo logo de primeira.

Nessa linha de raciocínio, se no final faltando apenas dois minutos para acabar, você precisasse dar o seu máximo, com certeza você conseguiria dar e fechar bem o seu workout. É exatamente essa linha que os brasileiros estão seguindo. Além do mais, seria difícil para um atleta de alto rendimento manter-se em seu 100% em todas as etapas, uma vez que eles passam pelo Open, Regionais para então dar o seu 110% no CrossFit Games. Tão ou mais importante que estar bem preparado é ter uma estratégia bem elaborada.

Então por que as mulheres estão mais aparentes?

As mulheres estarem mais presentes no topo da classificação tem um motivo simples. Além delas serem o sexo forte, o número de mulheres que passarão para a próxima etapa é quase a metade da dos homens, apenas 400 poderão continuar na disputa. Dessa forma, o risco de ficarem muito para trás e ficarem na linha de corte é maior do que a dos homens. Por tanto, elas precisam nesse momento garantir estar mais próximas do topo da classificação, para justamente não correr riscos atoa de serem deixadas para trás.

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