Acompanhamos a equipe Morereps no BCC

Quando entrei pelos portões do Vittoria CrossFit na unidade da Freguesia, zona oeste do Rio, tinha já na cabeça o que pensava para fazer uma matéria. A ideia era exatamente falar sobre o dia da equipe durante a semifinal do Brazil CrossFit Championship. Porém, o que encontrei ali foi muito além. A equipe Morereps, criada pelo head coach da casa, Beto Cardoso, foi o box que mais credenciou atletas para o BCC, duas equipes e dois atletas no individual. Aliás, um masculino e outro feminino, ou seja, em todas as categorias, tivemos Morereps.

Dessa forma, nossa equipe passou o sábado acompanhando a execução das provas. Ao chegar no box encontramos não só os atletas, mas uma torcida que a cada workout incentivava os atletas. Assim, todos gritaram quando a atleta do Morereps New Blood, May Faria conquistou os 110 kg no PR de Clean & Jerk. Porém, sem deixar a brincadeira de lado, a atleta foi a até a câmera para falar a senha e soltou: “this password is mother fucker Rio”, tirando risadas de todos. Aliás, a brincadeira rendeu por todo o dia. O clima durante todo o dia foi de muita brincadeira, conversa e provocações entre os atletas. Rendendo até algumas batidas de PR pelos espectadores.

Porém, no momento de gravação, o silêncio imperava, mostrando o respeito pela concentração dos atletas antes do workout. Mas ao menor movimento de cansaço ou desistência, os gritos de incentivo ecoavam pelo box. “Você escolheu isso, vai buscar”, gritou o head coach de uma das unidades do Vittória, Marquinhos Chuck. O grito foi para o gigante Filemon Souza que estava dando tudo de si na prova.

Individual

Aliás, “Filé” era o grande culpado pelas risadas e por deixar o clima mais leve. Porém, um gigante durante toda a competição. Para incentivar um ao outro, Thatianne Freitas, a elite feminina, fez o workout do dia, lado a lado do companheiro de box. Thati também escreveu um capítulo a parte nesse BCC, mostrando o motivo de ser uma das atletas mais bem preparadas do Brasil.

No momento em que a atleta cumpria os ring muscle ups da prova, acabou abrindo a mão, ainda no começo. Com isso, ela necessitou continuar a prova com a mão machucada. “A cada repetição eu sentia que a pele puxava mais um pouco”, contou ela. A dor da atleta era nítida em seu rosto e ela talvez só tenha continuado a fazer os movimentos por conta do grito dos presentes e do incentivo do coach.

Nitidamente apreensivo, Beto acompanhou todas as provas lado a lado de seus atletas, com Thati não foi diferente. Filemon por sua vez também mostrou os motivos de estar entre os grandes do Brasil e finalizou a prova, sem parar, ainda correu para incentivar a companheira de equipe. Ao final da prova, Thati mostrou o estrago na mão e contou com o aparato de outra atleta que dispensa apresentações, Nathalia Mencari que só não estava na competição por estar se recuperando de lesão.

Os times MoreReps

A equipe do Vittoria MoreReps Classic mostrou os motivos de terem sido uma das grandes promessas nesse BCC. Com categoria e muita qualidade Ana Carolina Freitas, Marcella Alonso, Rafael Jones e Carlos Szigethy executaram as provas com uma sincronia entre os atletas difícil de se ver. Os experientes Marcella e Carlos conseguiram mostrar ainda mais maturidade para guiar a equipe. Aliás, a principal equipe deu uma aula para qualquer atleta que quer montar um time competitivo.

Já os atletas do Vittoria MoreReps New Blood mostraram uma garra e um coração incrível. O time que contou com May Faria, Fernanda Tuffani, Hugo Cardoso e Arley Polessa estavam competindo o BCC pela primeira vez com essa formação. Aliás, tirando Tuffani, esse foi o primeiro BCC de todos. Mas, infelizmente, foi com a atleta mais experiente, que tivemos o momento sem dúvidas mais triste do dia. Ao descer das argolas, a atleta pisou em falso e machucou o joelho, caindo no chão e parando a prova no mesmo momento. Da mesma forma que a equipe gritou para incentivar, todos correram para acudir a atleta.

O choro de Tuffani foi um misto de dor e tristeza por ter que deixar a prova e a equipe na mão. Pelas regras do CrossFit, a substituição só pode acontecer a partir do início de cada etapa. Então a equipe mais nova precisou deixar a competição. Tuffani vinha se destacando na equipe e sendo um dos braços fortes do time. Infelizmente ela acabou rompendo o ligamento do joelho.

O coach

Beto Cardoso mostrou os motivos do sucesso de sua equipe Morereps. Cuidadoso e preocupado com todos, o coach brincou nos momentos de descontração, mas na hora de mostrar e explicar as estratégias dos workouts, Beto mudava sua postura, ficava mais sério falava com firmeza e era respeitado por todos. Era nítida a diferença da disposição dos atletas quando o coach ficava de judge ou gritava ao lado acompanhando as performances. Beto sem dúvida nenhuma é do tipo de coach que deixa o seu melhor na arena junto de seus atletas.

Com muita calma e mostrando que entende do assunto, foi Beto que acalmou os ânimos quando Tuffani se machucou e mais tarde ainda tirou risada da atleta ao mostrar que ela poderia fazer o wod do dia seguinte sem dobrar a perna. Sem dúvida nenhuma, o sucesso dos atletas da Morereps é em grande parte culpa desse coach.

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