Vivi Aielo: “nada está no nosso controle”

Ela foi a grande vencedora da Etapa de Tubarão do TCB. Porém, o que parecia a certeza de mais um torneio bem sucedido acabou ruim. Assim, Vivi Aielo viu seu treinamento ao lado do coach Rodrigo Rocha, ir por água abaixo. Após romper o ligamento cruzado do joelho, a atleta teve que finalizar sua participação no TCB, ainda no terceiro dia da etapa final do evento.

Porém, passado o susto e uma cirurgia de emergência de reconstrução no ligamento cruzado anterior e sutura meniscal do joelho esquerdo, Vivi já respira mais tranquila e menos abatida do que antes. Afinal, mesmo com os problemas no joelho que deram para ela uma rotina diária maçante de gelo e fisioterapia, Vivi Aielo já tem outra visão do novo desafio em sua vida. Com isso, sem cogitar para com o CrossFit, ela conversou com a nossa equipe e falou como conheceu a modalidade, a relação com as amigas Caro Hobo e Karime Ferrari, além de contar como foi e como está sendo seus dias após a lesão:

Como você ingressou no CrossFit?

Comecei o CrossFit em 2012, quando fiz uma aula experimental aberta ao público em um parque em São Paulo e amei logo de cara. Então, depois dessa aula me matriculei na CrossFit Moema que tinha acabado de abrir perto da minha antiga academia de treino.

Você está sempre ao lado de grandes nomes como Caro Hobo e Karime Ferrari, como é poder dividir treinos com elas e tê-las na sua torcida?

Foi muito legal pois nós três começamos o CrossFit praticamente na mesma época. Aliás, eu treinava com a Karime no mesmo box desde 2012. Mas conhecia a Caro de competições e eventos dessa época também. Sendo assim, pude ver o crescimento delas como atletas e influências no cenário. Assim como o crescimento do esporte aqui no Brasil e também o crescimento da nossa amizade. Por isso hoje em dia posso dizer que elas são minhas amigas, muito além do Crossfit. Sendo assim, ter elas presentes nesse meio significa muito para mim.

Você vem ganhou espaço dentro do cenário nacional, qual a importância desse fato para sua carreira e para a divulgação do esporte?

Eu acredito que qualquer reconhecimento de hoje é resultado de algo que foi plantado. Como falei, desde 2013 quando comecei a competir, participei de muitos torneios tradicionais do esporte, como 5x Regionais, 2x Wodpalooza, 6x TCB, 4x Monstar Games Elite, etc. Com isso alguns bons resultados apareceram e conquistei um espaço neste cenário. Portanto, como atleta isso é muito gratificante.

O CrossFit é um esporte recente, você já começou a treinar na sua fase adulta. Acredita que isso pode ser um dificultador?

Eu acho que a idade não é um limitador para evoluir no esporte. Mas acredito que ela pode interferir sim no tempo que leva para atingir sua evolução. Por conta disso, no caso de atletas de alto rendimento, acredito que a idade interfere na duração da carreira. 

Esse ano você dedicou a se preparar para o TCB. O que passou na sua cabeça quando se machucou? Pensou em parar?

Me lesionei no primeiro workout do terceiro dia do TCB. Então, o que passou na minha cabeça na hora foi um sentimento de não acreditar que aquilo tinha acontecido junto com tristeza. Pensei que nada está no nosso controle, mesmo quando achamos que está. Não sei se vou conseguir como antes, neste momento estou em pós operatório.

Acredita que poderá voltar a competir como antes?

Então tenho que pensar em recuperar para voltar a vida normal. Mas competir será algo que pensarei depois quando eu estiver 100%.

Como esta sendo o apoio da sua equipe?

Está sendo incrível. Por isso, agradeço todo dia por ter essa equipe do meu lado. Tenho feito fisioterapia com o Físio Claudio Roberto, cinco vezes por semana e acompanhamento com os médicos da Clínica Novazzi aqui em São Paulo. Todos tem sido incríveis com relação ao meu caso.

O que podemos esperar da Vivi Aielo daqui para frente?

Acho que essa lesão me fez pensar muito que não temos o controle das coisas. Existem coisas que não estão no nosso controle, por mais que planejamos e fazemos tudo para conquistar algo pode não acontecer. A Vivi daqui para frente vai fazer o melhor dela sem criar grandes expectativas, simplesmente aproveitando o momento presente. O Crossfit continuará fazendo parte da minha vida.

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